É sujidade para todos os lados. A poluição dos oceanos atinge locais isolados e de protecção ambiental, como a costa da república de Palau, um santuário marinho. A maior parte dos resíduos é plástico que vem de longe, trazido pelas ondas. O levantamento desse problema ambiental está sendo feito por investigadores suíços que integram a expedição Race for Water Odyssey. No passado dia 5, a embarcação que saiu há 300 dias de Bordéus, na França, chegou ao Rio de Janeiro.
Ao todo, a expedição já percorreu 32 mil milhas náuticas até agora (um pouco mais de uma volta em torno da Terra), recolhendo dados, cujo resultado será apresentado até o ano que vem. Mas o que já sabem é preocupante: 80% da poluição dos oceanos é composta por plásticos, segundo amostras de resíduos retiradas pela equipe da Race for Water. Estima-se que a humanidade produz 250 milhões de toneladas de plástico cada ano, dos quais 10% acabam no mar. Plástico esse que poderia ser drasticamente reduzido com mudança de consumo, já que 35% são usados apenas uma vez e logo descartado.
"Encontramos plástico em todo lugar, mesmo em áreas isoladas e bem preservadas”, explica Marco Simeoni, presidente da Race for Water e organizador da expedição. Em conversa com jornalistas, Simeoni explicou que embora seja possível encontrar resíduos em qualquer lugar, existem cinco grandes áreas que concentram a poluição devido às correntes marítimas. São as chamadas zonas de convergência. As manchas de poluição estão distribuídas nos oceanos Atlântico (Sul e Norte), Pacífico (Sul e Norte) e Índico, numa área que, juntas, totaliza duas vezes o tamanho do Brasil.
Sem comentários:
Enviar um comentário