Uma enorme queda geral no mercado dos envios em grande escala por contentor ao nível global, tem marcado fortemente o panorama do Sector Portuário. Todos os Portos ressentem-se, perante uma crise em tudo semelhante a de 2009, em que os armadores fazem redução de custos perante a falta de trabalho e procura por parte das empresas. Portugal não é excepção, e todos os portos nacionais tem-se ressentido perante uma forte quebra na movimentação. Se no Porto de Lisboa, a situação não é favorável, porque para além da quebra de movimentos derivadas da falta de confiança dos investidores devido às greves de anos anteriores, a venda da Tertir, gestora de terminais portuários aos turcos da Yildirim, com a forte possibilidade de saída de pessoal, devido à caducidade do contrato colectivo de trabalho, abriu brechas entre Estivadores e o Patronato, inclusive já com um período de greve de 10 dias marcado, começando no próximo dia 14. Mais a sul, no maior terminal portuário de Portugal, em Sines, a situação de quebra é fortemente notória, ficando o Terminal XXI possivelmente pouco acima do atingido o ano passado. Num Terminal em que predomina o Transhipment, com concorrência forte, principalmente em Tânger Med, a quebra já fez os seus estragos. Num panorama claramente desfavorável, as dispensas de trabalhadores em Sines já se fizeram sentir, perante as descidas de movimentos, e mesmo nos armadores, nomeadamente na Maersk, [ parte integrante com a MSC na Aliança 2M], já anunciou que irá dispensar 4 mil Trabalhadores de modo a redimensionar a empresa, para passar esta fase decrescente que não poupa todos os cantos do globo. A nível nacional, a indefinição política em Portugal, também não está a ajudar o Sector, porque enquanto não houver essa clarificação, muitos dos projectos-lei e reformas para o Sector, ficarão em banho-maria. A nível internacional, o afundar das economias emergentes, mas em especial a queda da Economia Chinesa, [ Que tem a menor taxa de crescimento desde 2009 ], não augura nada de bom para este sector, em virtude, não só da queda do crescimento chinês, mas também da anunciada mudança de paradigma económico na China, que irá dar maior ênfase no consumo doméstico, em detrimento das exportações e investimento, que asseguraram três décadas de trepidante crescimento económico. 2016 é uma profunda incógnita para o Sector Portuário, com previsões em baixa, quebra de investimento e com as estratégias em stand by na expectativa de ver o que vai acontecer de seguida.
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