sábado, 20 de julho de 2013

Praias fluviais dão novo fôlego turístico e económico a concelhos “deprimidos”


As praias fluviais localizadas em praias de concelhos desertificados do distrito de Leiria estão a ter uma capacidade crescente de atracção e a assumirem-se como uma mais-valia turística e económica, garantem os autarcas à Lusa.
Em alguns casos a uma distância superior a cem quilómetros do mar, as praias fluviais contribuem no Verão para a criação de emprego sazonal, para a dinamização do comércio local e como parceiro essencial do turismo cultural em alguns territórios envelhecidos, que perdem população todos os anos e estão economicamente “deprimidos”.
Em Castanheira de Pêra, que tem pouco mais do que 3000 habitantes, só a procura da Praia das Rocas deverá ultrapassar os 80 mil visitantes este ano, adiantou à Lusa o presidente da Câmara, Fernando Lopes, admitindo igualmente algum crescimento na praia fluvial do Poço da Corga.
Em Junho foram registadas mais 2100 entradas na principal praia fluvial. Em Julho do ano passado visitaram aquele complexo 18.000 pessoas, mas este ano, a cerca de duas semanas do fim do mês, a Praia das Rocas já acolheu mais de 14.000 veraneantes.
Em Figueiró dos Vinhos, a aposta em equipamentos culturais casa com a oferta das praias fluviais das Fragas de São Simão e de Aldeia de Ana de Aviz. Um dos museus recém-inaugurado conseguiu atrair meio milhar de visitantes a cada duas semanas e as praias atraem 300 pessoas em média por fim de semana, avança o vereador do turismo da autarquia.
“Conseguimos enviar pessoas que vêm pela cultura para as praias e aquelas que chegam a Figueiró [dos Vinhos] por causa das praias direcioná-las para os museus”, sublinha José Fidalgo, autarca num concelho cuja população ronda os 6000 habitantes.
À falta de números, o presidente da Câmara de Pedrógão Grande ilustra “o evidente aumento de visitantes” com a recolha do lixo e o consumo de água na área de influência das praias fluviais do Mosteiro e de Cabril.
“Precisamos de recorrer a outro camião para recolher o lixo e o consumo de água triplica na zona junto às praias fluviais”, salienta João Marques, acrescentando que “mais gente nos restaurantes resulta na criação de emprego sazonal”, algo “positivo” num município no qual vivem cerca perto de 4000 pessoas.
Em Castanheira de Pera, frisa Fernando Lopes, “o impacto no comércio é notório e a afluência também se verifica na estada de pessoas” num concelho que disponibiliza perto da Praia das Rocas bungalows mas também veleiros nos quais é possível pernoitar numa ribeira transformada numa espécie de marina.
Em Figueiró dos Vinhos, o vereador do turismo sublinha a importância do município integrar a rede das praias fluviais das aldeias do xisto, “que têm uma promoção muito forte” e lembra que desde o início deste ano o concelho passou a estar preparado para acolher os amantes do autocaravanismo.
Os autocaravanistas podem agora pernoitar gratuitamente numa zona de estacionamento, junto ao pavilhão gimnodesportivo e usufruir de uma área de serviço, na Mata Municipal do Cabeço do Peão.
“Em concelhos do interior, como é o caso de Figueiró dos Vinhos, as praias por si só não podem ter um papel determinante na atracção de pessoas e, por isso, a nossa aposta para o investimento e promoção na oferta cultural e no turismo de natureza”, conclui José Fidalgo.
Fonte: Público.

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