Sempre fomos um país de
navegadores e pescadores, a nossa história é rica em tradição do
mar, em grandes feitos marítimos, em viagens por um mundo que
tratávamos e víamos o mundo de outra forma. Temos uma relação
única e excepcional com o mar, relação essa que se foi perdendo ao
longo dos anos, em resultado de opções estratégicas e políticas
que menosprezaram e fizeram desligar o país, daquilo que sempre teve
de melhor. O tempo não é culpabilizar quem fez o que, mas sim
relançar um sector que pode criar muita riqueza e empregos para
todos. Mas não podemos falar em vão sobre uma área tão
importante, sem fazermos nada por isso. Tem de haver acção,
iniciativa e vontade. Portugal possui a maior zona económica
exclusiva da Europa, e o respectivo aumento da extensão da
plataforma continental, representam um mundo infindável de
oportunidades, no qual Portugal pode e deve apostar como o futuro não
só dos nossos problemas económicos, mas igualmente como um criação
de um novo paradigma para Portugal, porque ao criarmos a nossa
independência financeira, criamos igualmente uma forte manutenção
da nossa soberania, factor de extrema relevância, visto
que ninguém querer Portugal como um protectorado.
Não podemos ser um país de mar, e importar peixe.
Não podemos ser um país que vai buscar soluções
marítimas lá fora, quando temos muitas pessoas capazes de inovar na
conquista dessas mesmas soluções. O mar não é só pescas e o
sector portuário, e embora este último sector tenha tido certas
dificuldades, continua numa trajectória de crescimento contínuo e
sustentado, surgindo no horizonte novas apostas como o Golfo Pérsico
e a América do Sul, bem como o reforço a nível de África e
Extremo Oriente. O potencial do mar expande-se para o sector
turístico, para os transportes marítimos, para a construção e
manutenção naval. Com o virar do século, tornou-se área de
biotecnologia, ciências do mar, bioengenharia e robótica marinha.
Tornou-se fontes alternativas de energia limpa como as energias das
ondas e eólicas off-shore. O principal objectivo tem de ser
reforçar a posição onde já temos presença e conhecimento, mas
igualmente criar oportunidades de modo a que novas áreas possam ser
criadas. Mas isso é um papel que cabe a todos. Não só a nível de
governo, mas igualmente ao nível das empresas ligadas ao mar, a
procura e incentivo de projectos viáveis e sérios que proporcionem
igualmente uma forte articulação não só com as empresas, mas
igualmente com os politécnicos e universidades, onde se encontram
especialistas com qualidades, e com o forte apoio dos responsáveis
políticos não só a nível distrital, mas igualmente a conselho,
porque só havendo esta conexão empenhada em torno de um objectivo
comum, que se consegue o rumo que se pretende tomar. Poderíamos
desenvolver este tema de forma ainda mais expansiva, tal é a
importância e riqueza de matérias. Mas nunca esqueçamos algo: O
mar não é só vida, pode criar emprego, para termos as nossas
vidas, pode dar comida para a nossa mesa, umas férias de sonho que
todos desejamos ter. Neste momento, precisamos de iniciativa, visão
e arriscar nas apostas. Temos potencial, matéria humana e
intelectual para termos sucesso. Nós conseguimos!
quarta-feira, 8 de maio de 2013
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