quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Pesquisa indica que os oceanos irão ficar 5 vezes mais barulhentos até 2100.


Segundo um estudo realizado pelos investigadores da NIOZ - Instituto Royal de Pesquisa Marinha dos Países Baixos, indicou que o facto das temperaturas dos oceanos estarem mais quentes e da acidez dos mesmos andarem a aumentar, que irá causar impactos negativos na vida aquática.

Em 2023, registou-se o aumento bem acima da média da TSM - Temperaturas da Superfície do Mar (TSM) e simultaneamente uma acidificação das águas oceânicas, devido às emissões contínuas de GEE - Gases de Efeito Estufa.

Como é sabido, a transmissão dos sons pela água é importante para comunicação entre alguns animais marinhos, como por exemplo, a baleia.

Os autores do estudo, objectivaram analisar a influência da mudança climática sobre a propagação dos sons subaquáticos no oceano Atlântico Norte. Para isso, utilizaram modelagem numérica para analisar os cenários climáticos extremos e moderados, conforme os cenários estabelecidos de emissões do IPCC -Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.

Os resultados demostraram que a mudança climática já está  a ter um efeito negativo nos animais através do aumento do ruido no oceano, e esse ruído é expectável que ficará 5 vezes maior até 2100, o que irá alterar o comportamento de muitas espécies de peixes e mamíferos.

No cenário moderado (SSP2-4.5), foi projectado um aumento de 7 decibéis nos níveis de sons subaquáticos até 2100, o que corresponde a quase cinco vezes mais energia sonora. já no cenário extremo (SSP5-8.5), esse aumento será superior a 50 decibéis.

Em relação à velocidade de propagação do som, o cenário moderado indica um aumento global em diferentes profundidades (abaixo de 300 m), exceto no Atlântico Norte e no Mar da Noruega, onde nos primeiros 125 metros a velocidade diminuirá em até 40 m/s.

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