"A missão do NRP Zaire que termina, teve na sua génese uma visão comum entre os nossos dois países sobre a imperativa necessidade de segurança marítima na região do Golfo da Guiné. Existe uma real exposição a ameaças que prejudicam este país. Estas ameaças afectam a estabilidade, a paz a sustentabilidade dos recursos marinhos e bem-estar das populações. Por isso, exige-se uma efetiva segurança marítima nesta região", assinalou o Chefe do Estado-Maior da Armada portuguesa.
O almirante Gouveia e Melo defendeu que "as ameaças à segurança marítima de um país devem ser sempre também entendidas como ameaças transnacionais", porque atravessam as fronteiras marítimas "afectando países africanos e europeus, impactando negativamente as suas relações comerciais, sociais e culturais".
Gouveia e Melo sublinhou que a missão do NRP Zaire teve uma "natureza única" por ter sido operada por uma guarnição mista de 23 militares portugueses e 14 são-tomenses.
"Neste período de missão, o 'Zaire' contou com 2.013 dias de missão, tendo percorrido mais de 37 mil milhas. No mar, realizou 19 acções de busca e salvamento, as quais resultaram no salvamento de 18 vidas, 31 acções de fiscalização conjunta, 13 acções de segurança marítima no âmbito da pirataria, oito vistorias a navios no mar e também participou em diversos exercícios internacionais", descreveu Gouveia e Melo.
A missão do NRP "Zaire" promoveu actividades de formação em saúde, limitação de avarias, abordagem de navios ou manutenção.
O novo navio e embarcação de fiscalização enviados por Portugal deverão chegar a São Tomé dentro de dois meses para dar continuidade ao projeto de cooperação de fiscalização conjunto do mar são-tomense e do Golfo da Guiné.
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