Delegados da ONU, representantes de navegação, académicos e ONGs reuniram-se em Lisboa para o Economist Impact World Ocean Summit 2023 para convocar e discutir a economia azul, a preservação dos ecossistemas marinhos e os caminhos a seguir para a gestão do clima e dos oceanos. Questões que vão desde a restauração de recifes a combustíveis alternativos para transporte marítimo, até o aprimoramento da recolha de dados oceânicos, foram debatidas pessoalmente pela primeira vez desde a pandemia em 2020.
Claudio Abbate, vice-presidente de Política Marítima e Assuntos Governamentais do MSC Group, forneceu informações da indústria da maior empresa de navegação do mundo em um painel de discussão que examinou a adopção mais ampla de rotas comerciais descarbonizadas, também conhecidas como corredores verdes.
No evento do painel composto por palestrantes ilustres de portos, ONGs e governo, Claudio apresentou as perspectivas da MSC sobre as lições aprendidas com o estabelecimento de corredores verdes e possíveis soluções para os desafios que ainda enfrentam a indústria em relação à adopção mais ampla de novos combustíveis marítimos. O painel também explorou o dilema enfrentado pelas partes interessadas do sector em relação a mais investimentos em novas tecnologias e fontes de combustível quando confrontados com a incerteza sobre quais combustíveis serão viáveis e populares na próxima década.
Quando perguntado pelo moderador sobre esse dilema pioneiro enfrentado por embarcadores e fornecedores de combustível, Claudio declarou “estamos dispostos e prontos” para adoptar e abraçar soluções alternativas de combustível, referenciando o compromisso da MSC com a descarbonização. Falando sobre as lições aprendidas com os corredores verdes, Claudio afirmou que “a participação nos corredores verdes nos permite partilhar com os pares experiências e ideias sobre a adopção de novas tecnologias e diferentes combustíveis. Os corredores verdes são certamente uma maneira prática de iniciar o caminho da descarbonização, mas, estando presentes em mais de 160 países ao redor do mundo, acreditamos que a experiência adquirida será transferida para toda a indústria porque precisamos de soluções globais e flexíveis para atingir nossas metas de descarbonização.”
“Além disso, é imperativo que tenhamos em mente a necessidade não apenas de fornecer combustíveis alternativos em escala, mas também de acessibilidade eficiente e oportuna aos combustíveis”, enfatizando a importância de ter uma rede interligada de infraestrutura de abastecimento suficiente.
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