Cientistas do Instituto Max Planck de Microbiologia Marinha, na Alemanha, descobriram que no fundo dos oceanos existem vastas reservas de açúcar (sim, açúcar na água salgada do mar). O mais impressionante é que a quantidade total estimada equivale a aproximadamente o conteúdo de 32 bilhões de latas de Coca-cola.
Ervas marinhas espalhadas pelo solo dos oceanos (uma área chamada rizosfera) em todo o mundo podem libertar até 1,3 milhões de toneladas de sacarose, segundo a equipa de pesquisa, o que corresponde à alarmante quantidade mencionada acima de latas do refrigerante mais vendido do mundo.
De acordo com o estudo, que foi publicado nesta semana na revista científica Nature Ecology & Evolution, as enormes quantidades de açúcar que os prados de ervas marinhas no fundo do oceano podem libertar das suas folhas ondulantes resultam em grandes implicações para o armazenamento de carbono e as mudanças climáticas.
“As ervas marinhas produzem açúcar durante a fotossíntese”, explica a microbiologista marinha Nicole Dubilier, do Max Planck. “Em condições médias de luz, essas plantas usam a maioria dos açúcares que produzem para o seu próprio metabolismo e crescimento. Mas sob altas condições de luz, por exemplo, ao meio-dia ou durante o verão, as plantas produzem mais açúcar do que podem usar ou armazenar”.
Segundo a cientista, o excesso de sacarose produzido pelas plantas vai directo para o solo. “Pense nisso como uma válvula de transbordo”.
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