Avança a Revista Cargo, que os
volumes de carga contentorizada nos portos chineses poderão sofrer um impacto
negativo de cerca de seis milhões de TEU no primeiro trimestre do presente ano,
tudo devido à ameaça – cada vez mais global – do coronavírus. Recorde-se que os portos chineses permanecem abertos ao
comércio, com excepção dos de Wuhan (foco do surto), que movimentaram 1,7
milhão de TEU em 2019.
Quem
o diz é a consultora Alphaliner:
os receios cada vez maiores de uma epidemia generalizada podem afectar
duramente a movimentação de carga contentorizada, a reboque de uma constrição
nos volumes movimentados devido à disseminação do vírus que já matou cerca de
400 pessoas.
Explica a Alphaliner que uma combinação dos
feriados prolongados do Ano Novo Lunar, numa tentativa de retardar a propagação
do coronavírus, aliada às chamadas blank sailings (cancelamentos ou adiamentos de escalas) por parte das
transportadoras marítimas de contentores, poderá mesmo resultar numa queda
estimada de 6 milhões de TEU nos volumes dos portos chineses, incluindo Hong
Kong.
«O impacto total do surto de
coronavírus chinês nos volumes de contentores não será totalmente mensurável
até à altura em que os portos anunciarem seus números de produtividade no
primeiro trimestre, mas os dados recolhidos nas chamadas semanais de navios
porta-contentores nos principais portos chineses mostram já uma redução de mais de 20% desde 20 Janeiro», adianta a Alphaliner no seu
mais recente relatório semanal.
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