São duas instalações que retratam bem os dias de hoje: uma, 'Rubicon', mostra várias figuras humanas entretidas com os seus telemóveis, ao ouvido, a teclar mensagens ou a tirar selfies. A outra, intitulada 'A jangada de Lampedusa', apresenta-nos um barco de figuras a esperar desesperadamente por ajuda, aludindo à crise de refugiados que todos os dias tentam chegar à Europa. As duas obras poderão ser visitadas a partir de dia 25, no fundo do mar, em Lanzarote, Espanha. Bem-vindos ao primeiro museu de arte subaquático da Europa.
Além dos propósitos artísticos, e de reflexão sobre o mundo de hoje, as esculturas terão ainda uma função ambiental, já que acabarão por se transformar em recifes artificiais - numa metáfora para a relação simbiótica que os seres humanos têm com a natureza.
Segundo explica o autor da obra, Jason deCaires Taylor, 41 anos, na sua página de Facebook, as esculturas são feitas de um tipo de cimento marinho projectado para durar centenas de anos e foram colocadas em locais secos e desertos, e longe de áreas perigosas - para que os turistas possam mergulhar em segurança.
A 12 metros de profundidade, as exposições serão ainda passíveis de serem visitadas em barcos envidraçados. O projecto custou 700 mil euros.
Fonte: Visão
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