A campanha de importação de citrinos 2025, que decorreu de junho a outubro, terminou com um acréscimo de movimentação deste tipo de mercadorias de mais 7,4%, em comparação com o ano anterior.
Trata-se de um período de grande exigência de todos os stakeholders, autoridades e agentes económicos, devido a um pico de movimentação de uma tipologia de carga com necessidades inspetivas e operacionais. Como exemplo, nesta campanha de 2025 registaram-se 4.630 inspeções fitossanitárias, sendo que em setembro – o mês mais exigente – foi possível alcançar uma média de 68,6 inspeções por dia útil. A movimentação de produtos refrigerados, como os citrinos, implica um cuidado operacional acrescido, dado serem cargas perecíveis que exigem procedimentos de descarga e despacho rápidos e rigorosos para garantir a sua qualidade.
Neste sentido, a autoridade portuária de Sines coordena, há alguns anos, um grupo de trabalho que integra as autoridades fitossanitária e aduaneira, a concessionária do terminal de contentores, os armazéns da ZALSINES, as companhias de navegação, e representantes da Ordem dos Despachantes, da AGEPOR e da Comunidade Portuária e Logística de Sines. Com efeito, apenas com a melhoria da comunicação e da coordenação entre os diversos stakeholders, com um agendamento de inspeções suportado na JUL – Janela Única Logística, é possível dar resposta às necessidades desta campanha, pelo que a APS apresenta o seu reconhecimento a todas as entidades participantes e sublinha o empenho e dedicação das pessoas diretamente envolvidas. Para o futuro e para posicionar definitivamente o Porto de Sines como um grande porto de import/export, importa continuar a reforçar as equipas das autoridades, possibilitando horários mais alargados e alinhados com a operação portuária.Importa salientar que o Porto de Sines é um ponto de entrada no mercado europeu e este tipo carga teve como origem principal origem um país terceiro – a África do Sul, cuja importação tem regras definidas na União Europeia.
Destaca-se ainda que grande parte destas mercadorias têm como destino final o mercado espanhol, reforçando o posicionamento do Porto de Sines enquanto porto de implantação em Portugal e Espanha, em alinhamento com o objetivo estratégico de captura de carga ibérica.

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