A última viagem do navio MSC Isabella, com capacidade para 23.656 TEUs, assinalou oficialmente o fim da aliança 2M, encerrando a histórica parceria entre a Maersk e a MSC, que durou precisamente 10 anos. De acordo com a consultora especializada Alphaliner, este momento representa o término do antigo modelo de alianças que durante anos dominou as rotas comerciais Leste-Oeste, constituídas pela 2M, THE Alliance e OCEAN Alliance.
A separação resultou de uma decisão estratégica por parte das duas companhias, que optaram por seguir caminhos distintos, originando uma nova configuração nas parcerias globais. A Maersk aliou-se à Hapag-Lloyd, dando origem à Gemini Cooperation, o que levou à saída da Hapag-Lloyd da THE Alliance. Os restantes membros desta aliança reorganizaram-se sob a nova designação Premier Alliance, enquanto a OCEAN Alliance manteve a sua estrutura inalterada.
As novas alianças apresentam diferenças consideráveis em termos de dimensão: a OCEAN Alliance continua a ser a maior, com uma capacidade de frota de 4,37 milhões de TEUs, seguindo-se a Gemini Cooperation com 3,69 milhões, a Premier Alliance com 2,42 milhões e, por fim, a MSC, agora a operar de forma independente, com 3,27 milhões de TEUs nas rotas Leste-Oeste (excluindo o Canadá e a Índia). No entanto, comparar estas capacidades tornou-se mais difícil, uma vez que o sector deixou de seguir estruturas uniformes.
Em 2025, várias operadoras adoptaram abordagens distintas: algumas implementaram o modelo hub-and-spoke, com ligações regionais operadas sob acordos de aliança; outras mantiveram estruturas tradicionais ou optaram por redes autónomas, sustentadas por acordos de partilha de espaço.
Apesar das transformações, cerca de 80% da capacidade nas rotas Leste-Oeste continua a ser gerida por frotas integradas em alianças, o que sublinha a importância contínua da cooperação entre companhias marítimas.

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