O cessar-fogo entre o Hamas e Israel tem um ponto positivo de parar os confrontos no imediato, permitindo a entrada de ajuda humanitária.
No que concerne ao shipping, apesar destes sinais positivos, há um consenso mínimo de que voltar a curto prazo ao Canal do Suez, é muito improvável.
Pese a promessa por parte dos rebeldes houthis de que iria cessar os ataques a navios no Mar Vermelho, excepto navios pertencentes a empresas israelenses ou que naveguem sob a bandeira israelita, ainda existe desconfiança sobre essas intenções, sobretudo sem garantias mais palpáveis.
A consultora de pesquisa e dados do sector, a Drewry insistiu que “não devemos esperar ver as linhas de contentores apressarem-se a regressar ao Canal de Suez”.
Drewry aconselhou que a maioria dos armadores, “esperariam para ver como as coisas evoluem e precisariam estar totalmente convencidas de que a ameaça de ataque foi eliminada antes de considerarem um retorno aos trânsitos de Suez” – um cronograma, que segundo estes especialistas, levaria “meses, em vez de semanas”.
Já a plataforma de inteligência e dados de mercado do sector, a Xeneta, "os armadores querem garantias de que a situação não se deteriorará repentinamente antes do reencaminhamento."
“Um acordo para interromper os combates não significa necessariamente um regresso em grande escala dos navios porta-contentores ao Mar Vermelho… ainda há um longo caminho a percorrer antes de se chegar a um verdadeiro acordo de paz”, acrescentou a Xeneta.
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