sexta-feira, 8 de março de 2024

As mulheres no sector marítimo e portuário precisam de serem valorizadas.


Hoje, dia 8 de Março, dia da Mulher, falamos sobre o papel das mesmas dentro da indústria. Aventuraram-se em sectores que são predominante masculinos, mas sem olhar para trás ou duvidar de que iriam prevalecer normalmente. E isso, é de salutar.

As críticas por vezes ouvidas dentro dos sectores é que a indústria é conservadora nos seus costumes e relacionamentos laborais, e que muito timidamente vem a adaptar-se a esta nova realidade de ter a presença feminina, onde há décadas nem se imaginava ter sequer. A inclusão iniciou-se e veio para ficar. E o melhor é aceitar essa realidade e melhorar todos os aspectos que possam ser feitos para estarmos mais incluidas. 

É maioritariamente nos EUA e na Europa, que tem havido mais oportunidades para expandir este papel feminino dentro desta área ( Sem desprimor para a América do Sul e a Oceânia). Posições anteriormente "proibitivas' nos portos, como operação de gruas e cargo de supervisão, já começam a ser ocupados por mulheres.

Em Portugal, no sector marítimo, para além de haver mulheres na pilotagem, a bordo dos navios e na gestão portuária, também temos casos específicos como a Capitão-de-Fragata Mónica Martins, que tornou-se na primeira mulher em Portugal a assumir o cargo de capitão de porto e comandante-local da Polícia Marítima, liderando a capitania da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, ( que já tinha feito história quando foi a primeira comandante piloto de um novo navio, nomeadamente o NRP Sines), ou do porta-contentores “Rebecca S”, do armador GS Lines, do Grupo Sousa,  que anda sob o comando de duas mulheres, nomeadamente a Comandante Ana Melim e da imediato Telma Cunha.

Falando ainda de Portugal, no sector portuário, actualmente não há mulheres a liderar as Administrações Portuárias, ( embora já tivesse no passado, por exemplo a Lídia Sequeira em Sines), embora haja mulheres na estrutura do concelho de administração, nomeadamente Cláudia Coutinho ( Vogal da APDL), Andreia Queirós ( Vogal do Porto de Aveiro e Figueira da Foz), Carla Ribeiro e Isabel Moura Ramos ( Vogais no Porto de Lisboa) e Fernanda Albino ( Vogal do Porto de Sines. No terreno operacional,  existem cada vez mais mulheres na estiva, principalmente no maior do país, em  Sines, na concessão da PSA no Terminal XXI, principalmente desde 2017. Actualmente essa mesma concessionária (PSA), possui liderança no feminino (Nichola Silveira). Em Setúbal, também temos mulheres na estiva, embora em menor número  ( devido às diferenças de tamanho entre portos).

Há caminho para ir mais além. Mas mais que existirem oportunidades, tem de existir condições, para desempenhar outros papéis, para uma evolução natural dentro deste mundo laboral, sem deixarmos de sermos esposas e mães. Não é pedir favor e esmola, mas já demos provas de profissionalismo, capacidade e resiliência. Incluir e valorizar! Sempre!

O futuro é cor-de-rosa, sem deixar de ser azul. Feliz Dia da Mulher!

Autora: Sara Santos 

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