quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Pela primeira vez, um homem alcançou o ponto mais profundo de todos os 5 oceanos


Escondida sob o Estreito de Fram, uma passagem que separa a Gronelândia e Svalbard, fica o ponto mais profundo do Oceano Árctico, onde o fundo do mar chega a 5.550 metros. Agora, o explorador Victor Vescovo tornou-se na primeira pessoa a alcançá-lo.
Em 24 de Agosto, Vescovo desceu ao fundo do chamado Molloy Deep, uma vala gelada que fica a 274 quilómetros a oeste de Svalbard, na Noruega. Para chegar a Molloy, Vescovo desceu num submersível chamado DSV Limiting Factor entre 64 a 80 quilómetros da borda de um bloco de gelo, de acordo com um comunicado. Após o mergulho solo inicial de Vescovo, a equipa mergulhou mais duas vezes.
“Estava frio, claro, e tivemos apenas seis a oito semanas de bom tempo por ano para experimentar”, disse Vescovo ao Live Science. “No inverno, o local de mergulho é coberto de gelo e, quando não é, as tempestades podem ser um problema“.
A expedição inteira foi cronometrada em torno das estreitas janelas climáticas que permitiriam mergulhar nos oceanos Ártico e Meridional. “Felizmente, os deuses do tempo sorriram-nos este ano.”
Com os mergulhos mais recentes, Vescovo e a sua equipa concluíram a “Expedição Five Deeps”, uma missão para chegar ao fundo dos cinco oceanos do mundo – uma conquista filmada para Deep Planet, uma série de documentários que será exibida no Discovery Channel ainda este ano.
Vescovo já desceu até a parte mais profunda do Oceano Atlântico, o Oceano Antártico, o Oceano Índico e do o Oceano Pacífico. Em maio, quebrou o recorde de James Cameron com o mergulho a solo mais profundo de todos os tempos no Oceano Pacífico. O explorador desceu 10.927 metros do Challenger Deep, o ponto mais profundo do planeta e parte da Fossa das Marianas.
Vescovo disse que a sua parte favorita de estar nas profundezas era o facto de estar a ir a um lugar ninguém tinha ido antes e “trazendo luz a lugares que não a veem há milhões de anos”. Explorar as profundezas era um sonho de Vescovo desde que era criança, quando lia história sobre as grandes aventuras dos exploradores do século XX.
“Com a equipa certa, talentosa e apaixonada, e a tenacidade de superar contratempos, tudo é possível”, disse. “Ainda há uma quantidade enorme de coisas para explorar pela primeira vez neste mundo”.
Este mergulho também fez de Vescovo a primeira pessoa a mergulhar na parte mais profunda de todos os oceanos do mundo.

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