terça-feira, 18 de julho de 2017

Oceanos em risco de colapso ecológico


Os cientistas da Universidade de Oxford alertaram para o aumento da temperatura dos oceanos e a poluição marítima. Dizem ser urgente que os governos tomem medidas para proteger o alto mar, sujeito a constantes mudanças cada vez mais rápidas e imprevisíveis.
Depois de compilarem 271 estudos feitos desde 2012, os oceanólogos do departamento de Zoologia da universidade britânica concluíram que os oceanos são muito mais complexos do que se pensava antes e que há regiões que estão à beira do colapso ecológico.
Os cientistas dão como exemplo a baía de Bengala. Com as alterações climáticas e de descargas de fertilizantes agrícolas estão a acabar com o oxigénio na água, o que terá um impacto mundial, como as perturbações nos ecossistemas dos quais as populações dependem para pescar.
O aumento de temperatura provocado pela actividade humana é um problema global que significa que o mar fica mais ácido, uma vez que absorve dióxido de carbono. Além disso, contribui para o aumento de bactérias responsáveis por doenças como a cólera, gastroenterite ou septicémia.
"Os impactos da actividade humana estão a sentir-se nos oceanos, não apenas em cada Zona Económica Exclusiva. [?] Precisamos urgentemente de estruturas de governo para gerir o alto mar e aplicar o princípio de garantir a sustentabilidade da actividade humana", defende a coordenadora da Aliança do Alto Mar, Peggy Kalas.
Na terça-feira, reuniu-se nas Nações Unidas um comité preparatório para tentar chegar a uma conferência entre governos. O objectivo está em criar um novo tratado internacional para proteger os oceanos.
Seria o primeiro tratado dedicado à protecção da vida marinha no mar alto, que cobre quase metade da superfície do planeta, sem jurisdições nacionais.
O impacto da quantidade cada vez maior de lixo plástico nos mares ainda está por avaliar completamente, mas não restam dúvidas aos cientistas de que é inevitável.
Ao fim de décadas, sentem-se também os impactos da extracção de minerais, o que salienta a necessidade de se estudar antecipadamente onde se vai perfurar.

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