A intenção de construir um segundo terminal de contentores em Sines não é nova. E até foi um outro governo socialista a ter essa intenção. António Costa na China será o primeiro passo para lançar o projecto de vez?
Na visita oficial de António Costa à China, foi assinado um memorando de entendimento entre o Haitong Bank China Development Bank (CDB) e o AICEP para tentar atrair investidores chineses para investirem em Sines. O acordo assinado pelas três partes, que inclui o Presidente do AICEP Miguel Frasquilho e o líder do Haitong Bank, José Maria Ricciardi prevê a atracção de empresas industriais e de logística para Sines, sendo que o CDB e o Haitong comprometem-se na promoção do projecto de Sines junto da sua base de clientes asiáticos, em particular clientes chineses, que pretendem expandir a sua actividade para a Europa, no quadro da política de internacionalização da economia chinesa. Por outro o AICEP promete dar informação sobre oportunidades de investimento e a avaliar novos projectos com vista ao investimento por parte desses mesmos clientes.
Qual o verdadeiro interesse deste memorando?
Faz parte do novo plano de internacionalização da China. O objectivo é fazer chegar a Sines através de porta-contentores produtos chineses semi-acabados, fazer terminar a produção em Portugal ou outro parceiro europeu e conseguir a certificação “Made In UE”.
E como se chega ao Terminal 2 em Sines?
A implementação de um novo terminal de contentores irá depender muito de futuros investimentos. Certo é que ainda há espaço e infraestruturas para corresponder a esses investimentos e interesse. Parece sobretudo, que ao dar a oportunidade, através deste memorando de entendimento para projectar a ZILS ( Zona Industrial e Logística de Sines ), mete o consórcio Haitong/CDB na pole position para o avanço do Terminal 2. Mas tal só irá acontecer de facto, se este memorando de entendimento funcionar quase na perfeição.
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