Nicolas Jarossay, um bombeiro francês de 38 anos, vai tentar em janeiro de 2016 completar a travessia do oceano Atlântico numa prancha a remo (‘stand up paddle’), ao longo de cerca de 4.500 quilómetros, entre Cabo Verde e Martinica.
O próprio ‘aventureiro’ comunicou à agência AFP o seu ambicioso desafio, em autonomia e sem assistência, neste tipo de prancha que surgiu na década de 1960 no Havai, naquela que será a mais longa travessia alguma vez tentada.
O bombeiro, primeiro voluntário e profissional há 22 anos, em Carro, no sul de França, é um apaixonado pelo mar.
“O mar sempre foi o meu universo, o meu principal foco de interesse, o tema das minhas leituras, mas também o cenário das minhas atividades voluntárias a bordo de um barco da SNSM [instituto de socorro a náufragos francês] ”, explicou Nicolas Jarossay, em declarações à agência noticiosa francesa.
Nicolas Jarossay apontou o compatriota Gérard d'Aboville como um exemplo, evocando a primeira travessia feita a remo, em 1980, entre o Cabo Cod, nos Estados Unidos, e Brest, em França.
Para ‘reeditar’ esse feito, vai usar uma pagaia com 2,30 metros numa prancha com 6,30 metros, com um pequeno habitáculo estanque, de 2,2 metros de comprimento e 45 centímetros de largura onde se pode esticar, transportando 175 quilos de alimentos liofilizados, dois dessalinizadores e material de sobrevivência. Carregada, a prancha pesa cerca de 200 quilos.
Com um investimento de 110 mil euros, o ‘aventureiro’ diz esperar concluir a travessia em cerca de 70 dias, temendo ventos e correntes, mas também ondulações fortes: “Nesse caso, terei de ter paciência, fechar-me no habitáculo, e esperar que regresse a calma”.
Jarossay pratica ‘stand up paddle’ há sete anos. Em 2011, tornou-se recordista mundial na distância em 24 horas, ao percorrer 151 quilómetros, num circuito entre boias flutuantes.
Fonte: Sapo
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