terça-feira, 7 de abril de 2015

Usar os mares frios para produzir calor nos edifícios

Os países que mais energia consomem com aquecimento precisam de fontes de energias alternativas e sustentáveis para não terem de as importar. Aproveitar o calor dos mares e rios pode ser uma solução.


Normalmente imaginamos que a água do mar ou do rio possam ser usadas para arrefecer as condutas de um processo industrial. Agora imagine-se que estas correntes de água podiam ser usadas para produzir calor para aquecer os edifícios. O Reino Unido está a estudar a hipótese de usar os mares gelados ao largo da Escócia, o rio Tamisa que passa em Londres ou outras linhas de água do país com este objetivo, conformenoticiou a Quartz.
Encontrar uma fonte de energia sustentável para a produção de calor é um desafio para os países com os invernos mais rigorosos. O ideal é recorrer a fontes de energia próprias sem ter de importar energia. Por isso as bombas de calor, que funcionam como um frigorífico ao contrário parecem ser uma solução possível. Enquanto os frigoríficos tiram o calor de dentro e o libertam para o exterior, estas bombas vão aproveitar o calor do ar e da água e “concentrá-lo” para o aquecimento de um edifício por meio de processos químicos.
Na Noruega, por exemplo, usam um fiorde que parece congelado, mas que está de facto a oito graus Celsius. Com uma bomba de calor aproveitando a temperatura do fiorde aquecesse a amónia líquida para que passe ao estado gasoso. Depois, quando o gás é sujeito a pressão liberta calor e aquece a água. O gás pode ser despressurizado, devolvido ao estado líquido e nessa altura o processo reiniciado.
Embora a utilização de bombas de calor seja ainda incipiente no Reino Unido, há já quem queira dar o exemplo. Uma antiga central de carvão em Battersea, nas margens do rio Tamisa, que vai ser convertida em apartamentos, escritórios e lojas, poderá vir a ter uma destas bombas de calor usando a água do próprio Tamisa.
Fonte: Observador

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