sexta-feira, 10 de abril de 2015

CM Cascais quer criar Centro de Conhecimento do Mar


Carlos Carreiras, presidente da autarquia, está em negociações com o Governo para a cedência de um forte militar para instalar essa nova estrutura.
A Câmara Municipal de Cascais está a negociar com o Governo a cedência de diversos fortes na posse no Ministério da Defesa, tendo como objectivo instalar num desses equipamentos um futuro centro dedicado ao conhecimento do mar. 

"Estamos em negociações com o Estado para que ceda à Câmara de Cascais, não a propriedade, mas o direito de gestão de um dos fortes da zona costeira de Cascais, que tenha algum valor icónico e simbólico, para poder funcionar como sede de um futuro centro de conhecimento do mar, do capital inteligente sobre as actividades ligadas ao mar", disse ontem ao Diário Económico Carlos Carreiras, presidente da autarquia de Cascais. Esta é uma forma de a Câmara de Cascais desenvolver a aposta estratégica neste sector, posicionando-se como a plataforma nacional e europeia de negócios internacionais ligados aos recursos marinhos. Como prova dessa aposta nos negócios do mar, a cidade de Cascais foi ontem a anfitriã da cerimónia de lançamento do primeiro ‘cluster' português de biorecursos marinhos, designada Bluebio Alliance. 

A Bluebio Alliance já conta entre os seus membros com quase 80 empresas e entidades, incluindo cerca de 50 centros de investigação, sendo de realçar que todas as universidades portuguesas estão associadas ao projecto. Entre as empresas constituintes da Bluebio Alliance contam-se a Bial, Soja de Portugal, Biotrend, BioMimetx e as empresas da fileira do pescado, por exemplo. 


"Queremos que Cascais seja um grande centro de desenvolvimento, de conhecimento e de empreendedorismo de actividades ligadas ao mar", adiantou Carlos Carreiras. O presidente da Câmara de Cascais destacou que, no curto prazo, decorrem actividades ao nível da náutica desportiva, em que Cascais é considerada um dos três melhores campos mundiais de regatas, e do surf. Mas no médio e longo prazo, está a aposta na biotecnologia e na biologia marinha, "onde existe um conjunto de nano e microorganismos que constituem uma cadeia de valor ainda mal explorada". Num terceiro plano, "encontram-se as actividades ligadas à geologia marinha e de aproveitamento de recursos geológicos em profundidade", resume Carlos Carreiras.
Fonte: DE

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