domingo, 29 de março de 2015

Universidade do Algarve quer investigar aquacultura do atum


A Universidade do Algarve assinou acordos de cooperação com uma universidade japonesa para desenvolver "investigação de ponta" em aquacultura de atum, que favoreça o lançamento de uma indústria exportadora numa região excessivamente dependente do turismo.
Os acordos entre a Universidade do Algarve, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e as universidades de Kinki e de Hokkaido foram assinados no âmbito da visita do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ao Japão. "O Japão é um grande consumidor de atum, e a região do Algarve tem muito boas características para a aquacultura do atum. Queremos juntar a experiência deles com a nossa e nós, na Universidade do Algarve, teremos muito interesse em que essa investigação de ponta dê origem a novas empresas, com transferência de conhecimento para novas empresas que pudessem estruturar melhor a economia do Algarve", afirmou o reitor, António Branco.
O reitor da universidade algarvia considera que a região "é demasiado baseada no turismo e precisa de uma renovação, precisa de se estruturar numa indústria, com capacidade de exportação". O objectivo é que dentro de um ano possam começar a surgir as primeiras empresas: "Vemos como uma oportunidade para dar origem a 'start-ups' e 'spin-offs', que venham a tornar-se empresas exportadoras de atum". A cooperação em investigação na área da aquacultura é o objecto do protocolo assinado com a Universidade de Kinki, com a qual também foi assinado um acordo de mobilidade de estudantes, à semelhança de um outro estabelecido com a Universidade de Hokkaido. A coordenadora dos programas de mobilidade da Universidade do Algarve, Isabel Cavaco, explicou que o Governo japonês irá financiar estudantes que irão para aquela instituição universitária portuguesa, que espera por sua vez ter financiamento europeu de novos projectos, além dos projectos 'Erasmus Mundus', que actualmente coordena.
Para começar, "pelo menos cinco ou seis estudantes" japoneses deverão estudar no Algarve no próximo ano, disse Isabel Cavaco, que tem a perspectiva de que o número aumente e venha a fixar uma quota regular de alunos daquele país na universidade algarvia, que é uma das mais internacionalizadas do país, de acordo com o seu reitor. Em sentido contrário, o protocolo tem também como objectivo, que estudantes portugueses possam estudar, por períodos curtos, de dois ou três meses, no Japão, começando com um estudante este ano. Os protocolos foram assinados na 'Guest House' de Quioto, a antiga capital imperial do Japão. A 'Guest House' situa-se nas imediações do antigo palácio imperial, dentro dos seus jardins, o local onde são acolhidas autoridades estrangeiras de visita à cidade. 
Fonte: DNoticias

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