terça-feira, 22 de outubro de 2013

Biólogos marítimos russos farão expedição à volta do Mundo.



“Aquatilis” é a primeira expedição à volta  do mundo organizada por cientistas russos destinada à pesquisa dos seres vivos no oceano.
Em três anos, o biólogo Aleksandr Semionov e sua equipa pretendem percorrer 35 mil milhas marítimas (cerca de 65 mil quilómetros) ao redor da Terra, realizar centenas de mergulhos com o objectivo de estudar a vida dos organismos no fundo do mar e compartilhar as suas descobertas com a comunidade internacional.
A “Aquatilis” é a primeira expedição à volta do mundo organizada por cientistas russos destinada à pesquisa dos seres vivos no oceano. Semionov, chefe da equipa de mergulhadores da Estação Biológica Belomosrkaia, da Universidade Estatal de Moscou Lomonossov, e famoso fotógrafo submarino, também exerce os papéis de organizador e líder do projecto. Há sete anos ele mantém um blog científico onde disponibiliza as informações referentes aos estudos do mar e partilha com o público a diversidade da natureza e as imagens das criaturas extraordinárias que o habitam. Portanto, a futura expedição possui não apenas uma finalidade científica, mas também se destina a divulgar as descobertas a serem feitas pela equipe.
"O oceano é um universo paralelo, um outro mundo habitado por criaturas surpreendentes. Acreditamos que as pessoas devem conhecer as pesquisas científicas em todas as suas cores. Sonhamos em começar uma nova missão, dando a continuação a uma série de descobertas feitas pelos primeiros pesquisadores do mundo submarino", explica Semionov.
Os equipamentos instalados a bordo do navio permitirão transmitir para os blogs e pela redes sociais as informações, fotos e vídeos referentes aos animais detectados e sobre o andamento das pesquisas, assim como interagir com a audiência. Além disso, os objectivos da expedição incluem a criação de um banco de dados único incluindo milhares de fotos e vídeos em alta resolução dos organismos que compõem a flora e a fauna dos oceanos, uma parte dos quais talvez ainda seja desconhecida.
"Sendo um cientista, eu observo todas as peculiaridades do mundo submarino através das lentes da câmara. Ao longo dos muitos anos que a minha equipa e eu fazemos mergulhos, observamos e tiramos fotos dos mesmos organismos, conseguindo gravar os mínimos detalhes do seu ciclo de vida", explica Semionov.
O cientista acredita que as suas fotos poderão ser utilizadas nas pesquisas de estudantes ou em trabalhos específicos de pesquisadores.
"As filmagens submarinas acrescentam os conhecimentos de biologia clássica às pesquisas contemporâneas, ajudando os cientistas a conhecerem os mínimos detalhes e as possíveis diferenças de comportamento entre os animais do mesmo grupo. Os equipamentos modernos, como as câmaras fotográficas e de vídeo, permitem adicionar um grande volume de informação impossível de ser encontrada nos livros. Anteriormente, os cientistas analisavam as amostras por meio de microscópio e desenhavam as imagens com as próprias mãos, às vezes esquecendo os pequenos detalhes dos organismos analisados. No entanto, a tecnologia moderna permite tirar fotos em alta resolução, com capacidade de mostrar seres minúsculos ou obter imagens detalhadas dos animais muito pequenos", explica cientista.
Vale apena ressaltar que um dos principais objectivos dos organizadores da expedição é chamar a atenção da sociedade aos problemas ecológicos dos oceanos. O trajecto a ser percorrido pelos cientistas inclui a passagem por ilhas de lixo, gigantes aglomerações de entulho e resíduos de plástico. Os participantes da expedição pretendem mostrar os danos causados para a flora e fauna marítimas.
Os três anos de expedição serão divididos em dez etapas, cada uma com duração de dois a quatro meses. A equipe que permanecerá no navio incluirá de oito a dezasseis pessoas, dependendo das tarefas a serem realizadas durante сada fase. No entanto, ao longo de três anos, o projecto contará com a participação de 50 especialistas na terra e no mar.
Fonte: R

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