O projecto de fusão dos portos nacionais e de criação de uma ‘holding’ portuária já correu vários governos. Em todos eles, a mesma justificação: reorganizar o sector, concentrar decisões, reduzir custos.
O projecto de fusão dos portos nacionais e de criação de uma ‘holding' portuária já correu vários governos.
Em todos eles, a mesma justificação: reorganizar o sector, concentrar decisões, reduzir custos. Em todos eles, a mesma contestação: fusão implicaria perda de autonomia dos portos, ‘holding' concentraria em demasia as decisões
de gestão em mais um organismo público, como têm acusado algumas entidades do sector e associações empresariais.
De todas as vezes, o projecto ficou na gaveta. Agora, o ministério da Economia prepara-se para avançar com um modelo de gestão conjunta, mas sem fusões ou ‘holdings'.
A ideia é criar um organismo que coordene todos os investimentos e apostas do sector, porto a porto, mas de forma transversal. Num país em que o ‘cluster' do mar deveria ser uma prioridade do investimento nacional, e em que os portos são pontos-chave óbvios desse plano, uma medida como esta é um passo no sentido certo. Enquanto porta de entrada e saída de bens e mercadorias do mundo inteiro, os portos são vitais para a economia - aliás, as recentes paralisações provaram essa importância.
E não apenas para o País: a localização privilegiada de portos como Leixões, Lisboa ou Sines face a mercados como o africano ou o americano deveria ser encarada como uma vantagem competitiva dentro da própria Europa. Porque é por eles (também) que o mercado europeu exporta e se abastece. Razões de sobra para que a gestão portuária não dependa apenas do que cada porto pretende fazer, mas de uma estratégia coordenada e concertada que, sem lhes retirar autonomia, potencie o melhor que os portos podem dar à economia nacional.
Fonte: Diário Económico.
Em todos eles, a mesma justificação: reorganizar o sector, concentrar decisões, reduzir custos. Em todos eles, a mesma contestação: fusão implicaria perda de autonomia dos portos, ‘holding' concentraria em demasia as decisões
de gestão em mais um organismo público, como têm acusado algumas entidades do sector e associações empresariais.
De todas as vezes, o projecto ficou na gaveta. Agora, o ministério da Economia prepara-se para avançar com um modelo de gestão conjunta, mas sem fusões ou ‘holdings'.
A ideia é criar um organismo que coordene todos os investimentos e apostas do sector, porto a porto, mas de forma transversal. Num país em que o ‘cluster' do mar deveria ser uma prioridade do investimento nacional, e em que os portos são pontos-chave óbvios desse plano, uma medida como esta é um passo no sentido certo. Enquanto porta de entrada e saída de bens e mercadorias do mundo inteiro, os portos são vitais para a economia - aliás, as recentes paralisações provaram essa importância.
E não apenas para o País: a localização privilegiada de portos como Leixões, Lisboa ou Sines face a mercados como o africano ou o americano deveria ser encarada como uma vantagem competitiva dentro da própria Europa. Porque é por eles (também) que o mercado europeu exporta e se abastece. Razões de sobra para que a gestão portuária não dependa apenas do que cada porto pretende fazer, mas de uma estratégia coordenada e concertada que, sem lhes retirar autonomia, potencie o melhor que os portos podem dar à economia nacional.
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