quinta-feira, 18 de julho de 2013

João Franco não vê capacidade em Portugal para dois portos de águas profundas


O novo presidente da Administração do Porto de Sines (APS), João Franco, manifestou no Parlamento, a opinião de que Portugal "não tem mercador" para dois portos de águas profundas (no caso Sines e a hipótese Trafaria), apesar de defender que caso o projecto da Trafaria avance, este não competirá com Sines.

Questionado pela deputada do PSD, Carina Oliveira, sobre o projecto do megaterminal na margem sul, João Franco referiu que "em Portugal, muito claramente, não vejo" que haja mercado para dois portos de águas profundas, acrescentando que "Sines tem um grande potencial de crescimento e que com pequenos investimentos ainda é possível aumentar mais a sua capacidade".

"Não seria inédito que houvesse portos de grande capacidade, como em Espanha e França. Não é necessário que Portugal só tenha um. Lisboa terá sempre um porto muito significativo", salientou ainda o presidente da APS, admitindo que, com a crescente dimensão dos navios, um grande porto em Lisboa na margem norte "não é hipótese".

Sobre a possibilidade da Trafaria fazer concorrência a Sines, foi claro: "Nós fazemos concorrência a Valência. Quando o porto da Trafaria estiver concluído, estamos a falar daqui a muitos anos, e nesse momento Sines já estará muito longe, é outra liga. É uma vaidade institucional. Lisboa não será concorrente de Sines".

"Temos um potencial de crescimento muito grande, segundo dados de ontem [segunda-feira], o crescimento homólogo foi de 62% nos contentores no final de Junho , acrescentou. E, recorde-se, está já em fase de concurso o alargamento do cais para 940 metros, o que permitirá chegar à capacidade de 1,3 milhões de TEUS, sendo que a PSA Sines já requereu a extensão para 1.230 metros, alcançando os dois milhões de TEUS.

Fonte: APP

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