Portugal surge em 7.º lugar na lista dos dez países da União Europeia com águas balneares de excelente qualidade, acima da média. O relatório da Agência Europeia do Ambiente (AAE) divulgado nesta terça-feira revela que a qualidade da água para banhos melhorou em 2012, com 94% dos locais a cumprirem os requisitos mínimos.
Segundo o documento, que analisa dados de 2012, 87% das águas balneares portuguesas — o equivalente a 456 praias — têm qualidade excelente, acima da média europeia, que é de 78%. Melhor do que Portugal estão Chipre e Luxemburgo — ambos com qualidade excelente em 100% das respectivas águas balneares —, Malta com 97%, Croácia com 95%, Grécia com 93% e Alemanha com 88%.
A completar a lista dos dez países melhor posicionados, abaixo de Portugal está Itália com 85%, e Finlândia e Espanha, ambos com 83%. No caso português, foram identificadas 50 zonas balneares (9,5%) que cumprem os parâmetros mínimos de qualidade, um valor abaixo da média europeia de 15,7%. Quatro zonas balneares portuguesas não cumprem, de todo, as normas.
A AAE realça que estes resultados são melhores do que os do ano anterior, mantendo-se a tendência positiva verificada na monitorização da aplicação da Directiva das Águas Balneares, iniciada em 1990. Em 2012, 94% das águas balneares cumpriam os requisitos mínimos, enquanto em 1990 apenas 70% estavam nessa situação.
No entanto, o documento revela que quase 2% das águas balneares analisadas têm ainda má qualidade. A maior parte das águas com piores níveis encontra-se na Bélgica (12%), nos Países Baixos (7%) e no Reino Unido (6%). Algumas praias tiveram mesmo de ser encerradas a banhos durante a época balnear passada.
“Este relatório demonstra que a qualidade das águas balneares é no geral muito boa, mas ainda há locais com problemas de poluição, por isso apelamos às pessoas que vejam a classificação das suas zonas balneares favoritas”, diz a directora executiva da AAE, Jacqueline McGlade, numa nota de imprensa.
O documento analisa dados relativos à qualidade da água dos 27 Estados-membros da União Europeia, da Croácia e da Suíça, num total de 22 mil locais. A agência mede a qualidade da água consoante os níveis de bactérias. Mais de dois terços das águas analisadas são costeiras, as restantes são rios ou lagos.
Fonte: Público.

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