A crescente importância do tema do Mar em Portugal, permitiu a elaboração de várias orientações, quer políticas, quer estratégicas de como estruturar e aproveitar todo o potencial do Mar. Não obstante a nível nacional existirem directrizes sobre este tema, “(…) parece o Governo querer desenhar para Portugal um grande projecto macro logístico, de e para o futuro, de muito longo prazo, vinte anos ou mais, por contraponto a um outro projecto possível, exequível a mais curto ou médio prazo, mais claramente virado para a logística interna e destinado a aumentar a eficácia das empresas implantadas ou a implementar”,(Dias, 2003:83), e que nos remetem também para o sector marítimo portuário, importante elo das cadeias logísticas, na componente dos portos observa-se também a nível internacional, politicas europeias, e iniciando a amostra de apenas algumas dessas politicas, importa citar antes de mais, Maria Damanaki, comissária Europeia para os assuntos do Mar, em declarações na 1ª Conferência do Atlântico realizada em Lisboa a 28 de Novembro de 2011, (e mais recentemente em discurso efectuado no Chipre aquando da Declaração de Limassol para o desenvolvimento da «Economia Azul» da União Europeia) dizia a propósito desta “vaga” crescente sobre a importância do Mar, que as actividades marítimas no seu todo empregam em toda a Europa mais de 2 milhões de pessoas, permitindo assim ter uma visão da representatividade da Economia do Mar. Destacando de entre as politicas europeias, directamente relacionadas com Portugal como, a extensão da nossa plataforma continental (o aumento de área na nossa fachada atlântica), a optimização do transporte TMCD (transporte de curta e média distância), referenciam-se documentos de orientação entre outros como,o “Livro Branco dos Transportes-Horizonte 2050” e ainda o Livro Verde da Política Marítima Europeia, que referem quanto ás novas formas de governação marítima que os novos modelos de governação devem ser transversais seja a nível nacional, europeu ou mesmo internacional, dando uma orientação clara sobre o caminho a seguir.
Nesta
linha de estratégias de orientações para o Mar, a nível nacional
existem já orientações, através de documentos como, Hyper Cluster
da Economia do Mar, MOPTC-Orientações Estratégicas para o Sector
Portuário, Estratégia Nacional para o Mar e PET-Plano Estratégico
dos Transportes que mais em detalhe se dá nota neste trabalho, e que
nos remetem novamente para uma optimização e partilha de recursos
disponíveis. O
Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
elaborou em Dezembro de 2006, um documento orientador a que
chamou “Orientações
estratégicas para o Sector Marítimo Portuário” podendo-se
ler é necessário, “reforçar
o potencial competitivo do sistema portuário, pelo incremento de
soluções de gestão colaborativa ou integrada” (2006:80),
onde a visão de Fusão se enquadra.Ainda
o documento “Estratégia Nacional para o Mar”, publicado pelo
Ministério da Defesa Nacional, em Dezembro de 2006, menciona que “na
situação actual é necessária uma política de racionalização e
qualificação dos recursos humanos disponíveis” (2006:15),
na óptica de partilha dos meios disponíveis. Também
o PET-Plano Estratégico dos Transportes faz o enquadramento dos
portos portugueses na seguinte forma, “A
importância do sector-Marítimo-portuário para Portugal, traduz-se
na prioridade que lhe é atribuída no âmbito das políticas
públicas” (2011: 68),
recomendando uma optimização de recursos. Posto
isto, as estratégias e orientações existem, sejam então
implementadas e monitorizadas e decerto os ganhos serão mensuráveis.
Autora: Fernanda Ferreira

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