A dinâmica económica deste início de século deslocalizou os polos de crescimento para o hemisfério sul. Todo este processo decorreu demasiado rápido, e apanhou a grande maioria dos agentes económicos dos Países mais desenvolvidos completamente desprevenidos (senão, como explicar a impreparação e o amadorismo com que reagiram a este processo).
Coloca-se agora a grande questão – como podem os Países mais desenvolvidos, nomeadamente Portugal e os seus agentes económicos, participar no processo de desenvolvimento que algumas economias apresentam, e que decorre a um ritmo bastante acelerado, naquele que agora é denominado Processo de Internacionalização?
• Em primeiro lugar, encarar o Processo de Internacionalização como mais uma das vertentes de negócio, e não depositar nesta vertente todas as esperanças de sucesso da empresa. Mostrar serenidade e estratégia, ao invés de algum desnorte e desespero;
• Em segundo lugar, gizar uma estratégia de internacionalização, que, como em tudo, começa pela abertura de canais de comunicação, que permitam entender a realidade local – in loco, para melhor entender as necessidades de um mercado específico;
• Em terceiro lugar, há que estabelecer uma relação com os parceiros locais o mais sincera e honesta possível. Para isso, é determinante apresentar uma atitude que permita a criação de uma relação de respeito e partilha desde o primeiro momento, assente num conjunto de princípios base - seriedade, humildade, e espírito de cooperação permanente, ao invés da tão habitual atitude de arrogância intelectual que caracteriza alguns agentes;
• Em quarto lugar, apresentar de forma clara e com confiança as mais-valias que se possui – experiência técnica e prática, conhecimento e capacidade instalada;
• De seguida, é importante mostrar capacidade para criar sinergias que advêm da construção de uma relação económica internacional do género win-win, em que todos ganham, e mostrar comprometimento total com os grandes objectivos e metas socioeconómicas do parceiro;
• Finalmente, fazer tudo isto de forma conjunta, potenciando sinergias entre agentes dos diferentes subsetores dos Transportes, em detrimento da mais do que fracassada abordagem individual. Trata-se de sobrepor o interesse coletivo ao individual.
Concentremo-nos agora no ponto que diz respeito à abertura de canais de comunicação.
A abordagem entre Países desenvolvidos e em desenvolvimento entrou definitivamente numa nova fase, onde proliferam as Cimeiras, os Encontros, as Missões Empresariais, os Acordos Comerciais, tudo isto ao mais alto nível, e com o patrocínio das mais altas figuras dos Estados.
Percebeu-se que a primeira abordagem, realizada sob a chancela institucional, pode funcionar como um factor facilitador nas relações económicas, abrindo a porta de determinados mercados em expansão. No entanto, este é apenas o primeiro de muitos passos, num processo altamente complexo e dinâmico, especialmente, porque continua a subsistir a questão de como manter “a porta aberta”.
Uma resposta possível poderá residir na cooperação que se conseguir estabelecer, ao nível sectorial, entre os diferentes Países.
No Sector dos Transportes já existe um caso de sucesso, a Associação dos Portos de Língua Portuguesa (APLOP), que soube aproveitar o enquadramento da CPLP da melhor forma.
Tendo em conta os planos de desenvolvimento económico em curso nos diferentes Países da CPLP, urge criar novas plataformas no âmbito dos outros subsectores dos transportes, com vista à troca de experiências, onde se possa debater as opções presentes e futuras – técnicas e políticas, que junte a sociedade civil, a academia, as empresas, e as instituições, sob um único chapéu no âmbito da Lusofonia.
Depois da diplomacia económica, e aqui há que reconhecer o esforço e a clarividência que a AICEP tem demonstrado na identificação de novos mercados, é tempo da sociedade civil mostrar-se ativamente empenhada na construção de relações económicas noutras latitudes do globo, de forma duradoura e em conjunto.
• Em primeiro lugar, encarar o Processo de Internacionalização como mais uma das vertentes de negócio, e não depositar nesta vertente todas as esperanças de sucesso da empresa. Mostrar serenidade e estratégia, ao invés de algum desnorte e desespero;
• Em segundo lugar, gizar uma estratégia de internacionalização, que, como em tudo, começa pela abertura de canais de comunicação, que permitam entender a realidade local – in loco, para melhor entender as necessidades de um mercado específico;
• Em terceiro lugar, há que estabelecer uma relação com os parceiros locais o mais sincera e honesta possível. Para isso, é determinante apresentar uma atitude que permita a criação de uma relação de respeito e partilha desde o primeiro momento, assente num conjunto de princípios base - seriedade, humildade, e espírito de cooperação permanente, ao invés da tão habitual atitude de arrogância intelectual que caracteriza alguns agentes;
• Em quarto lugar, apresentar de forma clara e com confiança as mais-valias que se possui – experiência técnica e prática, conhecimento e capacidade instalada;
• De seguida, é importante mostrar capacidade para criar sinergias que advêm da construção de uma relação económica internacional do género win-win, em que todos ganham, e mostrar comprometimento total com os grandes objectivos e metas socioeconómicas do parceiro;
• Finalmente, fazer tudo isto de forma conjunta, potenciando sinergias entre agentes dos diferentes subsetores dos Transportes, em detrimento da mais do que fracassada abordagem individual. Trata-se de sobrepor o interesse coletivo ao individual.
Concentremo-nos agora no ponto que diz respeito à abertura de canais de comunicação.
A abordagem entre Países desenvolvidos e em desenvolvimento entrou definitivamente numa nova fase, onde proliferam as Cimeiras, os Encontros, as Missões Empresariais, os Acordos Comerciais, tudo isto ao mais alto nível, e com o patrocínio das mais altas figuras dos Estados.
Percebeu-se que a primeira abordagem, realizada sob a chancela institucional, pode funcionar como um factor facilitador nas relações económicas, abrindo a porta de determinados mercados em expansão. No entanto, este é apenas o primeiro de muitos passos, num processo altamente complexo e dinâmico, especialmente, porque continua a subsistir a questão de como manter “a porta aberta”.
Uma resposta possível poderá residir na cooperação que se conseguir estabelecer, ao nível sectorial, entre os diferentes Países.
No Sector dos Transportes já existe um caso de sucesso, a Associação dos Portos de Língua Portuguesa (APLOP), que soube aproveitar o enquadramento da CPLP da melhor forma.
Tendo em conta os planos de desenvolvimento económico em curso nos diferentes Países da CPLP, urge criar novas plataformas no âmbito dos outros subsectores dos transportes, com vista à troca de experiências, onde se possa debater as opções presentes e futuras – técnicas e políticas, que junte a sociedade civil, a academia, as empresas, e as instituições, sob um único chapéu no âmbito da Lusofonia.
Depois da diplomacia económica, e aqui há que reconhecer o esforço e a clarividência que a AICEP tem demonstrado na identificação de novos mercados, é tempo da sociedade civil mostrar-se ativamente empenhada na construção de relações económicas noutras latitudes do globo, de forma duradoura e em conjunto.
Autor: Gonçalo Oliveira

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