sexta-feira, 13 de novembro de 2020

AIP inicia Projecto Oceano para desenvolver a Economia do Mar



A Associação Industrial Portuguesa deu início, neste mês de novembro, ao Projecto Oceano, que pretende promover e dinamizar a economia do mar.


O projecto é de dois anos, é cofinanciado pelo PT2020 e visa conhecer melhor as potencialidades das fileiras do mar português, apostar na exportação das fileiras mais transacionáveis e na capacitação das PME e captar investimento direto estrangeiro para dar maior escala ao sector. Ou seja, reforçar a internacionalização da economia do mar, apostar no aumento das exportações e na atração de investimento para assegurar uma maior presença nacional nas cadeias de valor globais.

Tendo a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) como parceiro estratégico, a AIP conta com o envolvimento dos principais "stakeholders" da economia do mar, da academia às empresas, passando por centros de investigação, "clusters" do setor e ainda pelo Ministério do Mar e pelas câmaras municipais interessadas.

A ideia passa assim pela promoção de cinco acções essenciais: diagnosticar o estado actual da Economia do Mar em Portugal; estudar países-alvo a abordar de forma estratégica no âmbito da internacionalização da Economia do Mar; apoiar a preparação e capacitação das PME nacionais interessadas em reforçar a internacionalização da Economia do Mar; promover a atracção de IDE e o aumento das exportações da Economia do Mar nos países-alvo identificados; promover redes de negócios compostas por PME orientadas para a exploração de oportunidades de sinergias e aumentar a capacidade negocial com "players" internacionais.

A directora de internacionalização da AIP, Filomena Pires, explica em maior detalhe o conjunto de iniciativas projetado. "Na primeira fase, será feito um levantamento do potencial nacional e do potencial de internacionalização" para depois ser feito "um trabalho mais internacional". Está assim previsto um "estudo sobre os padrões do comércio internacional destes produtos" e uma análise a países que constituem "exemplos a seguir" tais como o Japão, o Chile e a Noruega.

"Para aprender com quem fez bem e depois ajustar à nossa realidade", anota Filomena Pires, antecipando a criação de "um site agregador de toda a informação destes estudos, das acções de sensibilização e capacitação das empresas que serão feitas e das ações colectivas a realizar noutros mercados identificados".

A AIP salienta que devido à sua posição geográfica, Portugal dispõe de "um conjunto de condições privilegiadas no que respeita à economia do mar, que podem e devem ser potencializadas".

"Por um lado, a sua extensa linha costeira e a vasta área da Zona Económica Exclusiva, que se deverá tornar na 10.ª maior do mundo, com quase 4 milhões de km2 e, por outro, a localização geoestratégica de que dispõe, situando-se nas principais rotas marítimas atlânticas e enquanto porta de entrada para a Europa", acrescenta. 

Foto: Reuters

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