Certamente já terá visto, ou ouvido falar, das majestosas ondas bioluminescentes. Mas afinal, porque é que a água brilha como se fossem luzes de neon? Em alguns lugares do mundo, como a Tasmânia na Austrália, ou San Diego, Califórnia nos Estados Unidos, tem-se tornado relativamente comum quando anoitece que o mar ganhe um novo brilho.
A paisagem marítima ilumina-se e fica repleta de um azul fluorescente. Quase parecem efeitos especiais, mas aquilo que alimenta este espectáculo natural são, na verdade, algas bioluminescentes.
Os mecanismos por detrás deste fenómeno
O brilho azul fluorescente é provocado por biliões de algas unicelulares ou plâncton vegetal chamado Noctiluca Scintillans, mais comummente conhecido por brilho do mar, ou bioluminescência. Quando perturbadas por ondas ou correntes, as minúsculas células piscam, libertando uma enorme fonte de luz que ilumina a água em seu redor.Os cientistas acreditam que os flashes emitidos servem para afugentar os predadores. De acordo com a Ciência, a bioluminescência é produzida por organismos vivos. Não são só os vertebrados e invertebrados marinhos que possuem esta capacidade. Fungos e insectos, como os pirilampos, também o fazem. A luz emitida designa-se de luciferina, ganhando a cor azul pelo processo de oxidação, quando está de noite.
No entanto, durante o dia, quando ocorre o processo de floração ou 'bloom', estes organismos microscópicos reúnem-se, e todos juntos transformam a água numa tonalidade castanho-avermelhada, daí o nome "maré vermelha", tal como vemos no tweet abaixo. Pode dizer-se que cada célula contém um pouco de "protector solar" que lhe confere cor.
Segundo o perito em bioluminescência Michael Latz, cientista do Scripps Institute of Oceanography, o fenómeno da 'maré vermelha' deve-se à reunião em massa da espécie de microrganismos marinhos Lingulodinium polyedra, espécie bem conhecida pelas suas exibições bioluminescentes.
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