sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Lisboa, Sines e Leixões concentram investimentos portuários

Dos 2,5 mil milhões de euros de investimentos previstos na Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária para os próximos dez anos (2016-2026), mais de 2,3 mil milhões concentram-se nos três principais portos. Só Sines poderá captar 1 140 milhões.


O aumento da capacidade de movimentação de contentores é a primeira aposta estratégica do Executivo para o sector. Para Leixões prevê-se a expansão do Terminal de Contentores Sul e a construção do terminal com fundos de -14 metros; em Lisboa avançará o terminal de contentores do Barreiro e o “aumento de eficiência do terminal de Alcântara”, e em Sines far-se-á a terceira fase de expansão do Terminal XXI e será lançado o novo Terminal Vasco da Gama (aliás, os números avançados contemplam até 470 milhões de euros para a segunda fase  desse empreendimento).
Nota-se neste rol a ausência de Setúbal, que nos últimos tratou de se afirmar como uma alternativa mais barata à expansão da capacidade de Lisboa. Ao que parece, sem sucesso.
Ainda no relativo a novos terminais, ou à melhoria dos existentes, a Estratégia ontem apresentada contempla o aumento da eficiência do terminal de granéis sólidos e alimentares de Leixões, a construção do terminal intermodal na ZALI de Aveiro e a implementação da operacionalidade do terminal de granéis líquidos no mesmo porto.
Envolvendo menos recursos mas com impacte directo na melhoria das operações portuárias e no aumento da movimentação de carga, serão melhoradas as acessibilidades marítimas em Viana do Castelo, Figueira da da Foz, Setúbal e Portimão, e as condições de navegabilidade no Douro e no Tejo (até Castanheira do Ribatejo).
A generalização da JUP III/JUL e da FUP e a modernização do sistema VTS são outras medidas.
Dos 2,5 mil milhões de euros de investimentos previstos, Sines receberá então 1140 milhões, Lisboa 746 milhões, Leixões 429,5 milhões, Figueira da Foz 36,1 milhões, Setúbal 25,2 milhões, Viana do Castelo 24,5 milhões, Aveiro 24 milhões e Portimão 17,5 milhões.
Os privados deverão garantir 83% do montante global, o Estado entrará com 11% e os fundos comunitários com 6% apenas (desde logo, Bruxelas não se dispõe a financiar a construção de terminais).
Com tantos investimentos, o Governo projecta um aumento de empregos (cerca de 12 mil), um aumento do volume de negócios do sector e um aumento da carga movimentada.
Neste particular, o maior crescimento deverá acontecer em Sines, que se espera mais do que duplique os números actuais com um ganho de 56,9 milhões de toneladas. Para Leixões projectam-se mais 8,2 milhões de toneladas (+44%), para Lisboa 5,6 milhões de toneladas (+49%), para Setúbal 4,5 milhões de toneladas (+60%), para Aveiro 1,2 milhões de toneladas (+26%) e para a Figueira da Foz 933 mil toneladas (+47%).
Fonte: T e N

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