segunda-feira, 7 de março de 2016

Investigadores da UP criam projecto para monotorizar oceanos



Um grupo de investigadores da Universidade do Porto está a desenvolver um protótipo para monitorizar os oceanos. O JPN falou com a coordenadora do projecto MarinEye.
Um grupo de investigadores do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) está a criar um protótipo que vai permitir monitorizar os oceanos, como forma de gerir recursos de forma mais sustentável. A proposta surgiu para um concurso que teve início no mês de Março de 2015.
Uma equipa interdisciplinar de investigadores do CIIMAR juntou-se ao Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e ao laboratório MARE, associado ao Instituto Politécnico de Leiria (IP Leiria), para dar resposta a “um projecto multidisciplinar, na área da Biologia, da Química, da Física, dos Oceanos, da Química, da Engenharia e Tratamento de Dados”, revela ao JPN Catarina Magalhães, coordenadora do projecto no CIIMAR.
Em Julho do ano passado, a ideia dos investigadores foi a premiada. O projecto entrou em execução dois meses depois. O modelo desenvolvido vai permitir obter informação integrada sobre os oceanos. Para a investigadora esta funcionalidade é a grande inovação. O projecto propõe a criação de um protótipo com quatro módulos distintos. Catarina Magalhães explicou ao JPN como irá decorrer todo o processo de criação.
O MarinEye é “um sistema autónomo que poderá ser acoplado a plataformas fixas de observação dos oceanos, como por exemplo bóias, ou poderá ser colocado em sistemas de observação móvel”, informa a coordenadora do CIIMAR.
No futuro, o protótipo poderá ser integrado em observatórios nacionais ou internacionais. Os investigadores esperam a curto prazo terminar o modelo e provar a sua validade em laboratório. A longo prazo, os investigadores querem levar o projecto a novos concursos, de modo a fazer a validação do modelo desenvolvido nos oceanos.
De acordo com Catarina Magalhães, passa por este tipo de projectos e iniciativas minimizar alguns dos riscos que o planeta actualmente atravessa. Para a investigadora é preciso olhar para os ecossistemas como um todo. O MarinEye vai, no seguimento do que a cientista defende, ajudar a compreender melhor e a prever situações de risco e “eventos naturais extremos”, porque o protótipo dará uma visão mais real dos componentes dos oceanos e de que forma esses componentes se comportam.
Do projeto MarinEye fazem parte os investigadores Eduardo Silva do INESC TEC, Sérgio Leandro do MARE e Antonina dos Santos IPMA. O investigador do Politécnico de Leiria indica ao JPN que o seu envolvimento “envolve a validação em contexto real do protótipo MarinEye”.
“Para tal, será testado na reserva da biosfera das Berlengas (UNESCO), local de enorme mais-valia ambiental e no qual o MARE-IPLeiria tem vindo a desenvolver, juntamente com o IPMA, um programa de monitorização ambiental (hidrologia e comunidades)”.
Sérgio Leandro acrescenta ainda que o desenvolvimento do MarinEye constitui para a comunidade científica “uma ferramenta extremamente útil para a monitorização da qualidade ambiental dos ecossistemas marinhos tendo por base a análise de diversos parâmetros em simultâneo”.
O protótipo dos investigadores da UP é financiado pelo programa EEA Grants.

Fonte: Jpn.Up.Pt
Autora: Vânia Pimenta

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