segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Tráfego de contentores desce globalmente e Portugal sofre repercussões endémicas


O sector portuário tem-se ressentido fortemente com o contexto depressivo do mercado, a nível geral, dos envios em grande escala por contentor - a queda desse mercado tem afectado a generalidade dos portos lusos, na sequência lógica de um fenómeno que diz respeito à redução de custos dos armadores face à diminuição do volume de trabalho e baixa da procura por parte das empresas.

Este contexto, que se verifica a nível global, tem afectado particularmente a performance (em termos de movimentação de carga) dos portos portugueses e os resultados mais ténues têm sido visíveis - no Porto de Lisboa a redução da confiança dos investidores, no seguimento da instabilidade vivida na correlação de forças entre trabalhadores (greves marcantes em 2012 e no presente) e Patronato, afectaram os níveis performativos do porto; 

No Porto de Sines, a queda tem sido uma tendência assinalável, em grande parte devido às contracções do mercado mundial e da fortíssima e feroz concorrência (Tânger Med tem estado em alta no capítulo do Transhipment) e até de uma menor intensidade actuante de armadores importantes como a Maersk. A estas repercurssões nacionais não será alheia a indefinição política que subsiste na economia portuguesa.

Se, dentro de portas, o sector portuário é afectado pela morosidade do cenário sócio-político e económico (que não permite a restauração da confiança), fora de portas, o menor fulgor da economia chinesa, que tem baixado o índice das suas exportações e centrado o foco da economia no consumo interno.

Fonte: Cargo

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