quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Peixe: Brasil procura parceiros e know-how para aquacultura


O ministro brasileiro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, disse hoje que o Brasil quer atingir a produção de 20 milhões de toneladas de pescado por ano, para o que pretende encontrar parceiros em Portugal e na Europa.

«Queremos encontrar parceiros que tenham tecnologia e que nos possam ajudar a chegar aos 20 milhões de toneladas de produção de pescado por ano, que é o potencial do Brasil. Portugal e a Europa, pela pequena quantidade que têm de água, acabam por fazer produções intensivas com tecnologias que facilitam a produção», disse o ministro brasileiro, referindo-se à aquacultura em água doce.
Marcelo Crivella falava aos jornalistas à entrada para o seminário ‘Aquacultura e Pescas, Oportunidades de Negócio, Portugal-Brasil’ que decorre na Universidade de Aveiro e em que participa também a ministra da Agricultura e do Mar de Portugal, Assunção Cristas, para além de outras entidades governamentais, representantes de associações e de empresas do sector, de Portugal e do Brasil.

O objectivo de aumentar a produção e captar investimento estrangeiro esteve presente nas intervenções dos ministros dos dois países, que expuseram as respectivas vantagens competitivas e linhas de orientação dos respectivos governos.

«No gado somos os maiores do mundo, mas agora queremos dar prioridade ao peixe. O governo reduziu os impostos, criou de maneira enérgica o programa Safra para financiar o sector, e também descomplicou o licenciamento ambiental, coisa que na Europa é muito difícil», disse Marcelo Crivella.

O ministro brasileiro colocou mesmo a simplicidade do licenciamento ambiental como um dos principais argumentos: A Europa tem pouca água e o licenciamento ambiental fica muito difícil. O Brasil tem muita água e pode utilizar uma pequena quantidade para produzir muito peixe, sem descuidar a biodiversidade e essa é a grande vantagem do Brasil, que dispões de clima e óptimas espécies.

Já Assunção Cristas acenou com o acesso ao mercado europeu e ao próprio mercado nacional, grande consumidor de pescado.
«Portugal tem boas condições para oferecer, do ponto de vista de investimentos no nosso país. Estamos a preparar áreas novas para concessionar a produção de aquacultura em mar aberto e seria muito positivo com o interesse de grupos brasileiros, para produzir pescado em Portugal, sendo certo que têm acesso a um mercado de 500 milhões de consumidores, além dos 10 milhões de portugueses que consomem três vezes mais do que os europeus», salientou.

Durante o seminário ‘Aquacultura e Pescas-Oportunidades de Negócio, Portugal-Brasil’ são apresentados vários casos de sucesso, em ambos os lados do Atlântico, e possibilidades de apoio e financiamento a esse sector económico, «no sentido do crescimento sustentado e da valorização económica e social da Aquacultura».
Fonte: Dinheiro Digital com Lusa

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