domingo, 27 de outubro de 2013

SeaOrbiter: Torre submersa/móvel que vai mudar o estudo dos oceanos.


Alguns anos atrás, quando o projecto SeaOrbiter desenvolvido pelo arquitecto francês Jacques Rougerie apareceu, ele parecia mais um delírio futurista e uma ideia saída de uma obra de ficção científica do que uma proposta que pudesse ver a luz do dia.
O observatório oceânico serviria como um grande laboratório para cientistas estudarem a vida marinha, o fundo dos oceanos e a influência dos mares nas condições climáticas e ambientais do planeta.
O projecto do SeaOrbiter passou os últimos 12 anos em estudo, com fases de planeamento, design, testes e financiamento, e está finalmente se tornando realidade com a construção do primeiro modelo, orçado em 52,7 milhões de dólares e com previsão de ser lançado em breve ao mar, no Mónaco – o mesmo lugar em que o lendário oceanógrafo Jacques Cousteau começou os seus trabalhos.

A torre de estudos do oceano.

O SeaOrbiter é um inovador navio de pesquisa em formato vertical, com 51 metros de altura, sendo que 38 metros da estrutura ficarão submersos no oceano. Essa parte abriga um centro de colecta de espécies, deck para lançamento de equipamentos e câmaras de observação da vida marinha.


Além dessas características de flutuação, locomoção e sustentabilidade, há uma fonte alternativa de energia – por biocombustível – em desenvolvimento para auxiliar o navio na realização de tarefas e em eventuais deslocamentos marítimos.

Simbiose com os oceanos

O conceito por trás do SeaOrbiter é permitir a observação contínua da vida nos oceanos, reduzindo o impacto e a intrusão da actividade humana nos ecossistemas. A busca pela simbiose com os oceanos tem como objectivo compreender melhor os processos inerentes da vida marítima sem a interferência do homem.
O projecto espera estabelecer um novo padrão de comunicação científica, permitindo aos pesquisadores monitorizar os oceanos em tempo real. Os laboratórios da embarcação contarão com transmissões via satélite para enviar informações precisas e actualizadas sobre as condições marítimas, a qualidade dos mares e os resultados das pesquisas sobre a mudança climática.



Um dos estudos que a comunidade científica espera realizar a bordo do SeaOrbiter é entender melhor o papel dos oceanos na absorção de gás carbónico, e como os mares ajudam a reduzir o efeito estufa do planeta. Já a parte da estrutura que fica acima do mar contém um terraço de observação ao ar livre que vai permitir aos tripulantes documentarem também a migração de aves e pássaros.
O primeiro SeaOrbiter deve entrar em operação até 2015 e poderá contar com 18 cientistas vivendo no navio. Se tudo sair como planeado, a equipa vai possuir uma embarcação de pesquisa de última geração capaz de fornecer acesso fácil ao reino submarino e com menor impacto ao ecossistema em alto-mar.

Fonte: Tecmundo.

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