Estando a ser desenvolvido tecnologicamente na Universidade do Minho, o “Sea Inside”, projecto de produção de mariscos de alto valor em aquacultura, partiu da ideia de dois jovens empreendedores e acabou por ser amadurecido no IdeaLab - Laboratório de Ideias de Negócio da TecMinho, onde foi repensado de forma integrada com a realidade comercial actual adoptando conceitos do mundo do mercado e da gestão.
O ponto de partida foi, segundo David Mota, um dos dois jovens proponentes, “escolher uma espécie de marisco de grande valor no mercado gourmet, que fosse pouco explorada”. Depois, no âmbito da sétima edição do IdeaLab foi preparado um plano de negócios e fizeram-se contactos exploratórios com chefes de cozinha e eventuais clientes. As técnicas e os métodos de produção foram aperfeiçoados, descobrindo esta equipa que “além de estar muito próxima dos melhores métodos do mundo, dispõe de condições mais vantajosas para a produção desta espécie”, explica este engenheiro do ambiente. Em Esposende, onde pretendem instalar a unidade de produção, as condições morfológicas
“são excelentes” e também existem algas apropriadas para a
alimentação daqueles mariscos. “Já contactamos pescadores que
nos fornecerão as algas em regime de outsourcing, já que as têm
recolhido para fertilizante, o que é uma mais-valia na redução de
custos em relação aos nossos competidores europeus”, acrescenta
David Mota. Até meados de 2014 deverá estar instalada a unidade de
produção em terra, que captará água no mar e, depois de filtrada,
constituirá o habitat ideal para a espécie, contemplando ainda a afectação de três colaboradores em full-time. Nos
primeiros três anos, a “Sea Inside” necessita de um milhão de
euros de investimento. Os primeiros espécimes para venda só estarão
no estado comercializável ao fim de três anos, altura em que terão
uma dimensão que lhes garanta vantagem competitiva, e serão, numa
primeira fase, para exportação, pois é uma espécie muito popular
em países como a França ou Irlanda. Mais tarde, haverá
implementação do produto no mercado nacional, para além do
desenvolvimento e da produção de outras espécies exclusivas, com
potencial semelhante.
Fonte:
UMinho
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