Eleições Legislativas possuem sempre um impacto nas
políticas do mar, pois cada partido possui uma visão própria e coincidem
muito pouco nas suas ideias.
Como sempre fazemos em cada acto eleitoral, revelamos o que
é proposto por cada partido com assento parlamentar (Por ordem do resultado da
última eleição):
Partido Comunista Português
O mar e as pescas
O Mar é um recurso estratégico nacional, de que muito se
fala e que pouco se cuida e valoriza. Nos últimos anos o Mar tem sido colocado à
disposição de todo o tipo de capitais que nele desejem encontrar a forma de se
multiplicar, mesmo que à custa da protecção do recurso, como está a acontecer
com a inaceitável dimensão e localização projectada para as eólicas off-shore.
O PCP defende:
• o ordenamento do espaço marítimo nacional – rever a Lei de
Bases do Ordenamento do Espaço Marítimo Nacional, exercendo a soberania nacional,
rejeitando a Política Marítima da União Europeia (Livros Verde e Azul),
salvaguardando os pesqueiros nacionais, reforçando a protecção dos habitats
marítimos face a práticas agressivas, nomeadamente da marítima de lazer ou
turística, garantindo uma equilibrada gestão económica dos diferentes recursos;
• o reforço da construção e reparação naval, hoje
insuficiente para dar resposta às necessidades, para o que é essencial que o
Estado o alavanque num programa dirigido à frota pesqueira, à reconstrução da
Marinha de Comércio e à satisfação das necessidades de embarcações para
diversas funções;
• a reconstrução da marinha de comércio com um Plano de Reconstrução
de uma Marinha de Comércio Nacional, nos domínios de porta-contentores, navios
de carga geral, petroleiros e metaneiros, e na resposta às necessidades
operacionais e de bancas nos portos; preparar as condições para revogar o
estatuto do Registo de Navios da Madeira (RINM-MAR), e dignificar o Registo
Convencional de Navios;
• a defesa, protecção e valorização do Mar e da orla
costeira continental exige a intervenção do Estado na pesquisa e prospecção de
recursos geológicos do off-shore e a adopção de medidas de protecção ambiental
no seu uso; execução de um Plano Estratégico de Defesa da Orla Costeira e a
regulação da marítimo-turística, melhorar a intervenção administrativa e
operacional na segurança dos navios, das tripulações e da navegação e as
capacidades de reboques portuários, reforçar o papel da aquacultura, sem prejudicar
o acesso e a viabilidade de pesqueiros (aquacultura de mar) e a produção
salineira, dotar de capacidades humanas (tripulações permanentes nos navios de
investigação), financeiras e técnico-materiais o IPMA (Mar) e o Instituto
Hidrográfico;
• os portos comerciais ao serviço do País exigem que se trave o agravamento da liberalização (alargamento dos prazos das concessões e liberalização de toda a actividade), e se recupere o grosso da actividade nas administrações; adoptar medidas antipoluição nos portos comerciais dotando os terminais de cruzeiro com capacidade de alimentação eléctrica; reforçar as infraestruturas de estacionamento de embarcações; recriar a empresa pública de dragagens e concretizar o Plano Nacional de Dragagens;
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