A PSA tornou-se a primeira operadora portuária a integrar a GCMD (Global Centre for Maritime Decarbonisation) como parceira estratégica, contribuindo com uma perspetiva valiosa do lado portuário para impulsionar o desenvolvimento e a experimentação de novas tecnologias e soluções ao longo de toda a cadeia de valor marítima.
Acredita-se que os portos desempenham um papel central na viabilização da transição energética do sector marítimo. A criação de infraestruturas de apoio — como sistemas de fornecimento de energia elétrica a partir de terra, instalações para armazenamento e manuseamento, bem como sistemas de abastecimento adaptados a combustíveis alternativos como o amoníaco ou o metanol — será decisiva para permitir a mudança nos combustíveis e nas fontes de energia utilizadas pelo transporte marítimo. Este processo envolve também o estabelecimento de diretrizes específicas de operação e abastecimento, a definição de protocolos de resposta a emergências e a implementação de avaliações de risco e segurança adequadas aos contextos portuários.
A par disto, a preparação da infraestrutura portuária e da sua rede logística e de distribuição a jusante é igualmente fundamental para a implementação de soluções destinadas à remoção de emissões, como a captura de carbono a bordo e o transporte de CO₂ líquido (LCO₂). Esta área é, de resto, uma das prioridades da GCMD, que procura acelerar o processo de descarbonização do sector marítimo.
Com operações em mais de 70 terminais de águas profundas, ferroviários e fluviais distribuídos por 180 localizações em 45 países, a presença global da PSA oferece um importante potencial para apoiar e dinamizar esta transição. Segurança e eficiência operacional são factores essenciais neste esforço, sobretudo tendo em conta os desafios associados à manipulação de combustíveis alternativos como o amoníaco. Neste sentido, o envolvimento activo dos portos será determinante para garantir uma adopção segura e eficaz destas novas soluções energéticas, tal como sublinhado pela GCMD e pela PSA.
À medida que o número de navios a operar com combustíveis alternativos cresce, os portos terão de adaptar os seus protocolos operacionais para evitar interrupções nas operações de carga durante os processos de abastecimento. A GCMD já anunciou que irá recorrer aos terminais da PSA para identificar lacunas existentes e apoiar a preparação dos portos e terminais para estas novas exigências operacionais, começando pela harmonização de normas e protocolos de segurança.

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