segunda-feira, 9 de junho de 2025

“Madleen” interceptado por Israel e desviado de Gaza.


Na sequência do que foi noticiamos ontem, concretizou-se a promessa feita por Israel de bloquear a embarcação humanitária com destino a Gaza que transportava a activista sueca Greta Thunberg, entre outros nomes reconhecidos internacionalmente.

Nas primeiras horas de hoje, a marinha israelita interceptou o “Madleen”, iate de bandeira britânica, em águas internacionais, quando este se encontrava a cerca de 160 milhas náuticas da costa de Gaza. Segundo os organizadores da missão, a abordagem envolveu drones, interferência electrónica nos sistemas de navegação e a libertação de uma substância branca no convés, descrita pelos activistas como irritante. Após a perda temporária de contacto com o navio, confirmou-se que este foi redireccionado para o porto israelita de Asdod.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que todos os ocupantes se encontravam em segurança, tendo recebido alimentos e água antes de serem escoltados. A previsão das autoridades israelitas é que todos os activistas sejam agora repatriados para os seus países de origem. O ministro da Defesa, Israel Katz, manteve a retórica dura já expressa anteriormente, acusando os participantes da missão — entre os quais também se encontravam a eurodeputada franco-palestiniana Rima Hassan e o actor irlandês Liam Cunningham — de colaborarem com propaganda do Hamas, classificando a flotilha como uma “missão de ódio antissemita”. Defendeu ainda a legalidade do bloqueio naval em vigor e reafirmou que qualquer ajuda destinada a Gaza deve passar pelo porto israelita de Asdod, onde possa ser devidamente inspecionada.

A carga humanitária levada a bordo do “Madleen” incluía leite em pó, medicamentos, filtros de água, fraldas e próteses infantis — bens essencialmente simbólicos mas com forte impacto político. O objectivo da missão era desafiar o bloqueio imposto a Gaza desde 2007 e alertar a comunidade internacional para a gravíssima crise humanitária que ali se vive. De acordo com fontes locais, mais de 54 mil palestinianos já perderam a vida desde o agravamento do conflito em março, e a escassez de alimentos e medicamentos é dramática.

Com o “Madleen” agora sob custódia israelita e os seus passageiros em processo de repatriamento, resta saber se haverá consequências diplomáticas ou judiciais para Israel, e até que ponto a pressão internacional poderá influenciar futuras missões deste género.

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