domingo, 21 de julho de 2019

Primeiro parque eólico flutuante em Portugal já arrancou. Estará concluído até ao fim do verão


O Windfloat Atlantic, o primeiro parque eólico offshore em Portugal, já está a avançar. Arrancou a montagem da primeira turbina do parque eólico, no cais do porto de Ferrol em Espanha, devendo a primeira das três torres do projecto eólico chegar ao destino final, costa de Viana do Castelo, até ao final deste verão.

Esta central eólica flutuante pertence ao consórcio Windplus, detido conjuntamente pela EDP Renováveis (54,4%), ENGIE (25%), Repsol (19,4%) e Principle Power (1,2%). Segundo a EDP, “é um marco importante para o projeto WindFloat e para o sector da energia eólica offshore, dado tratar-se da maior turbina alguma vez instalada numa plataforma flutuante”.
O parque eólico será composto por três turbinas eólicas e serão montadas em plataformas flutuantes ancoradas no fundo do mar, a uma profundidade de 100 metros. Estas turbinas vão fornecer ao complexo uma capacidade total de 25 MW, o que equivale à energia consumida por 60 mil casas no período de um ano.
É a primeira instalação eólica marítima em todo o mundo que não exige o uso de equipamentos pesados de elevação em alto-mar. “Esta tecnologia possui enormes vantagens que a tornam mais acessível e económica, incluindo a sua montagem através de gruas terrestres convencionais em terra firme (no porto) e a utilização de métodos de transporte marítimo comuns, tais como rebocadores, em vez de embarcações de instalação offshore dispendiosa”, refere a EDP em comunicado.

sábado, 20 de julho de 2019

Primeiro boto-branco ibérico tem visitado as praias do Porto e de Matosinhos




O primeiro boto-branco de que há registo na Península Ibérica tem visitado as praias do Porto e de Matosinhos. Além de ser bastante “sociável”, os pescadores acreditam tratar-se de uma fêmea, por já o terem avistado com uma cria.

Gaspar, nome que as investigadoras do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha (CIIMAR) Agatha Gil e Mafalda Correia deram ao primeiro boto-branco a ser avistado na Península Ibérica, visitou pela primeira vez as águas da foz do rio Douro em 2017, no Porto.

“Um dia fui ver o pôr-do-sol na Foz e foi quando vi algo branco na água. Inicialmente achei que fosse um plástico, mas começou a aproximar-se. Cheguei até a pensar que fosse um tubarão e só depois percebi que, afinal, era um golfinho”, contou Agatha Gil. Em declarações à Lusa, a investigadora explicou que, desde então, o Gaspar é considerado um animal leucístico (por ter uma coloração anómala da cor) e tem vindo a ser monitorizado pela equipa de investigadores do CIIMAR, com sede em Matosinhos, no âmbito do projecto CETUS.

“O Gaspar tem um comportamento bastante peculiar, porque é o único que se aproxima menos de cinco metros da praia do Molhe, no Porto, e está sempre a brincar com peixe”, contou, adiantando que o animal é maioritariamente de cor branca, tendo apenas algumas pintas pretas no dorso e um pequeno corte na barbatana dorsal. Mafalda Correia afirmou que, apesar das investigadoras ainda não terem a certeza, os pescadores da zona afirmam que o golfinho“deve ser uma fêmea”, uma vez que já o avistaram acompanhado por uma cria.

Apesar de existirem registos de animais leucísticos na Califórnia (Estados Unidos da América) e em Inglaterra, o Gaspar é o primeiro animal com estas características a ser registado na Península Ibérica. “Estamos sempre em contacto com os especialistas que trabalham com estes animais. Um dos especialistas é da Califórnia e quando viu as fotos do Gaspar disse-nos que é o animal leucístico mais bonito do mundo”, salientou a investigadora.

O projecto CETUS, desenvolvido desde 2012 por uma equipa de quatro investigadores do CIIMAR e realizado em parceria com a empresa TransInsular e o Instituto Hidrográfico, tem vindo a recolher informações sobre a distribuição e abundância de cetáceos em áreas remotas e pouco estudadas, como é o caso das águas do norte de Portugal e a região da foz do rio Douro. Além da costa portuguesa, a equipa monitoriza também a região da Macaronésia (arquipélago dos Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde) com o objectivo de recolher dados sobre golfinhos e baleias de modo a conseguir determinar a sua abundância na região do oceano Atlântico.

Desde 2012, os investigadores já conseguiram identificar mais de 27 espécies, sendo que 20 espécies de golfinhos visitam frequentemente a costa portuguesa, sendo a espécie mais abundante o “golfinho comum”. Todos os anos, voluntários de vários países juntam-se à equipa de investigadores para embarcarem em navios de carga para a missão e registarem as diferentes espécies.

Segundo Mafalda Correia, o grupo conta este ano com cinco voluntários da Austrália, Escócia, Espanha e Inglaterra.


segunda-feira, 15 de julho de 2019

Sector do mar cresce 5% e angaria 4,1 mil milhões de euros



O sector do mar aumentou o volume de negócios em 5% em 2017 para 4,1 mil milhões de euros, segundo dados publicados pelo Banco de Portugal (BdP).

Apesar dos resultados de 2017, o crescimento foi “inferior ao registado em 2016 (6%) e ao observado no total das empresas (9%), cenário que se verificou pela primeira vez desde 2010”, segundo um estudo da central de balanços do regulador.

Além disso, no mesmo documento, o organismo indicou que em 2017, “o sector do mar integrava 3 mil empresas, gerava 4 mil milhões de euros de volume de negócios e empregava 26 mil pessoas, parcelas representativas de 1% dos valores associados ao total das empresas em Portugal para todos os indicadores”.

O BdP indicou ainda que “o número de empresas em atividade no sector diminuiu marginalmente entre 2016 e 2017”.

De acordo com a instituição, 77% das sociedades do sector actuavam nas pescas e actividades conexas, representando 74% do volume de negócios e 75% das pessoas ao serviço do setor, “seguindo-se os transportes marítimos (12% das empresas, 18% do volume de negócios e 14% das pessoas ao serviço do sector) e a construção e reparação naval (11% das empresas, 8% do volume de negócios e 12% das pessoas ao serviço)”, adiantou o BdP.

A instituição garantiu ainda que “o EBITDA do sector do mar aumentou 70% em 2017”, depois de ter caído 19% em 2016. “Para esta evolução contribuiu, de forma significativa, o segmento da pesca e actividades conexas, com um aumento do EBITDA de 226%”, concluiu o estudo.

O banco central analisou ainda a autonomia financeira das empresas desta área e chegou à conclusão que no ano em análise, o rácio de autonomia financeira do sector do mar foi de 49%, “quatro pontos percentuais acima do valor registado em 2016”.

Alforreca gigante do tamanho de um humano descoberta na costa inglesa


Uma alforreca gigante do tamanho de um humano surpreendeu uma mergulhadora na costa inglesa. A criatura incrível - foi encontrada pela bióloga e apresentadora Lizzie Daly, que descreveu o encontro como tendo sido "de cortar a respiração". 


"Que experiência inesquecível", acrescentou, citada pela CNN. "Sei que as as alforrecas barril ficam muito grandes mas nunca tinha visto nada assim antes!". 
Segundo a mergulhadora, que está a explorar as águas como parte de uma campanha sobre os oceanos selvagens - Wild Ocean Week -, a alforreca era tão grande como ela própria.
As alforrecas barril, que normalmente crescem até um metro e pesam cerca de 25kg, são as maiores espécies de alforreca que existem nos mares britânicos, mas são muito difíceis de encontrar.

A catástrofe do submarino nuclear cem vezes pior que Chernobyl que a Rússia escondeu ao mundo


A Noruega descobriu uma fuga radioactiva num tubo de ventilação de um submarino soviético afundado há 30 anos no mar. A radiação encontrada é oitocentas mil vezes maior do que o normal. O submarino nuclear Komsomolets, que transportava dois torpedos e ogivas com plutónio, afundou-se no Mar da Noruega, em 1989, matando 42 marinheiros.
Algumas outras amostras de água da zona dos destroços apresentaram, no entanto, níveis de radioatividade pouco elevados, segundo a BBC. O submarino está a 1.680 metros de profundidade e há poucos peixes naquela zona, de acordo ainda com a televisão britânica, que cita os especialistas noruegueses.
O naufrágio do submarino nuclear, na sequência de um incêndio, ocorreu antes da queda do muro de Berlim e foi escondido durante vários meses pelas autoridades soviéticas, recorda o jornal espanhol ABC.
Os 42 marinheiros morreram asfixiados por fumos tóxicos ou congelados no Árctico, depois de o submarino ter vindo à tona da água por breves momentos, ainda de acordo com a BBC. Apesar de tudo, sobreviveram 27 marinheiros, que seriam recolhidos por navios soviéticos.
Já antes uma equipa de russos tinha conseguido detectar radiação no mesmo sector em que agora foi encontrada a fuga no tubo de ventilação. A Noruega e a Rússia têm vindo a controlar os níveis de radiação desde que o desastre ocorreu.

Navio da Marinha inicia missão para aprofundar conhecimento sobre o mar dos Açores


O navio da Marinha NRP “D. Carlos I” realiza até agosto uma missão nos Açores, onde vai efectuar levantamentos hidrográficos com o objectivo de aprofundar o conhecimento sobre o mar açoriano.
A autoridade marítima adianta, em comunicado, que o navio largou na sexta-feira da Base Naval de Lisboa para uma missão no arquipélago dos Açores que se prolongará até agosto com o objectivo de “realizar levantamentos hidrográficos no âmbito do projecto de Mapeamento do Mar Português, reforçar o Dispositivo Naval Permanente na Zona Marítima dos Açores, cooperar no âmbito técnico-científico com o Governo Regional e a Universidade dos Açores”.
No âmbito do Mapeamento do Mar Português no arquipélago açoriano, durante a permanência do navio na região estão planeadas duas fases distintas, segundo a Marinha, explicando que uma dessas fases consiste no levantamento hidrográfico com sonar multifeixe dos montes submarinos (ecossistemas ricos e de particular relevância), a sul da ilha das Flores, em cooperação com a Universidade dos Açores.
A outra fase consiste também num levantamento hidrográfico com sonar multifeixe, a sudoeste das Flores, numa zona remota para além da Zona Económica Exclusiva dos Açores (ZEE), que decorre da colaboração com a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental.

Portugal tem de reduzir ainda mais pesca da sardinha


O director-geral das Pescas da Comissão Europeia estimou ontem que Portugal e Espanha ainda tenham de “apertar mais o cinto” nos limites impostos à captura de sardinha, considerando ser a única forma de assegurar a continuidade da pesca ibérica.

“Se quisermos ter uma pesca da sardinha que continue nos próximos anos, vai haver um período em que é preciso apertar o cinto e isso é muito difícil”, afirmou em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas, o director-geral dos Assuntos Marítimos e Pescas (DG-MARE), João Aguiar Machado.

Numa entrevista de balanço do cargo, que deixa em meados de Setembro para chefiar a missão permanente da União Europeia (UE) junto da Organização Mundial de Comércio (OMC), o responsável assinalou que ostock de sardinha em Portugal e Espanhaestá “em mau estado”, situação que tem obrigado os países a reduzir as quotas de captura para assegurar este recurso. “Em 2008 pescavam-se cerca de 100 mil toneladas e hoje em dia estamos a 12 mil toneladas. Alguma coisa está mal”, observou João Aguiar Machado.

Ainda assim, “os científicos dizem-nos que devia estar a zero, que não se devia pescar, se quisermos que o stock recupere”, referiu. “O que Espanha e Portugal nos apresentaram [a Bruxelas] é um plano que leva, em 2023, a uma recuperação da biomassa a 50% do desejável, mas está no bom caminho”, argumentou, reconhecendo que os governos ibéricos estão a “fazer esforços”.

“Tenho tratado com os dois governos, ao mais alto nível, e sei das dificuldades das discussões que têm a nível nacional com as federações porque não é fácil explicar” estas limitações aos pescadores, precisou João Aguiar Machado. E insistiu: “Têm de se fazer esforços porque o objectivo é recuperar o stock para que a pesca continue, mas também consigo perceber que, do ponto de vista económico e social, tem de se equilibrar”.

Para este ano, é fixado um limite anual de capturas de 10.799 toneladas, a dividir por Portugal e Espanha, podendo a quota vir a ser alterada em função dos resultados dos cruzeiros científicos. As organizações da pesca da sardinha de Portugal e Espanha têm vindo a defender um total de capturas de 15.425 toneladas, correspondentes a 10% da estimativa de stock existente, fixada em 154.254 toneladas no último parecer do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES, na sigla em inglês) para 2019.

Em 2018, o sector atingiu a quota de pesca mais baixa de sempre, de 12.000 toneladas reduzidas ao longo do ano para 9 mil, quando em 2008 capturava 101.464 toneladas de sardinha. A pesca da sardinha foi retomada no dia 3 de Junho deste ano, depois de ter estado suspensa desde meados de Setembro de 2018. A sustentabilidade foi, aliás, uma prioridade de João Aguiar Machado à frente da DG-MARE, segundo disse o responsável à Lusa.

A semanas de deixar o cargo, notou que serão alcançados níveis de pesca sustentável no Atlântico noroeste, mar do norte e no Báltico, como havia sido estipulado para 2020, mas admitiu que fica por resolver o problema da sobrepesca no mar Mediterrâneo. Aguiar Machado transita da DG-MARE, cuja liderança assumiu em 2015, após ter sido director-geral da Mobilidade e Transportes.

terça-feira, 9 de julho de 2019

O mar está mais quente, segundo a única bóia do IPMA a funcionar


Os portugueses que este fim de semana foram até à praia aperceberam-se de que a água estava mais quente do que o habitual em vários pontos do país. O fenómeno foi confirmado ontem pelo meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) Bruno Café, que explicou a subida da temperatura marítima com a ausência da nortada - vento frio na costa ocidental. A influência deste vento costuma criar um afloramento costeiro que implica que a corrente de água mais profunda venha à superfície e seja, normalmente, mais fria. 
No domingo, o IPMA registou ao longo de todo o dia uma temperatura que rondava os 19 graus, valor que “costuma ser mais baixo”, afirma o mesmo meteorologista. A medição é apenas feita em Leixões, dado que a outra boia, localizada em Sines, não está operacional. 
A falta de precisão no que toca a estas matérias é, aliás, criticada por João Branco, da Quercus: “Só haver duas [boias] e uma não funcionar... não faz muito sentido”. 
Raias, caranguejos e outros peixes mortos
Durante a tarde de domingo foram avistados na praia da Fonte da Telha vários animais mortos no areal - raias, caranguejos e outros peixes. A Associação Portuguesa do Ambiente (APA) e a Autoridade Marítima disseram desconhecer as causas que possam ter originado a morte dos animais, garantindo não ter qualquer registo.
Já fontes ligadas ao IPMA adiantaram três possíveis explicações: uma embarcação que largou excedentes; correntes e ondulação mais fortes; ou contaminação da água. João Branco, por seu lado, não tem dúvidas de que “as mortes de organismos marinhos são indicadoras de que há problemas” e acredita que não seja o aumento da temperatura da água o motivo da morte das espécies, mas sim uma qualquer contaminação. “A APA tinha obrigação de averiguar a qualidade da água e a morte dos organismos”, conclui. 
Caravelas-portuguesas aumentam
Embora não confirme que a água quente influencie a presença de organismos desta espécie, Antonina Santos, do IPMA, conta que três anos e meio de investigação permitiram descobrir que a caravela-portuguesa é “uma espécie comum na costa portuguesa, que tem um bloom em dada altura do ano”, ou seja, começam a surgir várias alforrecas desta espécie na costa portuguesa. 
Antonina Santos deixa algumas precauções para lidar com a caravela-portuguesa: manter a distância de cinco metros e, em caso de contacto, a zona “tem de ser lavada com água em abundância, sem esfregar”.  Os tentáculos da alforreca, lembra, têm um veneno particularmente agressivo e podem causar dor aguda ou, em casos mais graves, paralisia e problemas respiratórios.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Golfinho rosa extremamente raro dá a luz a filhote e pode salvar a espécie


Considerados extremamente raros, os golfinhos cor de rosa estão quase extintos. Porém, uma notícia bastante animadora trouxe esperanças para a continuidade da espécie: uma cria golfinho foi visto ao lado da sua progenitora.
Golfinhos rosas só se tornaram conhecidos há cerca de 12 anos, e de lá pra cá poucos foram vistos. A sua cor rosa deve-se a uma mutação genética bastante rara, e o nascimento da cria animou investigadores, pois pode significar a continuidade da espécie.
Agora esperamos que mais crias da espécie sejam vistos, e que os golfinhos rosas não entrem para a lista de animais em extinção. 

Portos com um mês de Janeiro "pujante" e positivo.

A AMT - Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, no seu relatório, indica que os portos nacionais iniciaram 2024 de forma positiva, tendo...