domingo, 25 de novembro de 2018

Uma nova “Estratégia Nacional para o Mar”



Vem aí o momento adequado para refletirmos conjuntamente e para voltarmos a definir o rumo certo para o Mar Português: a revisão da estratégia nacional para o Mar



Da última reunião da Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar – CIAM resultou uma sugestão, a renovação e atualização da “Estratégia Nacional para o Mar” que a Sra. Ministra do Mar subscreveu. Assim, irá dar--se início ao processo de renovação e atualização da “Estratégia Nacional para o Mar”, pois, como sabemos, o atual documento-base da política pública do mar terminará o seu período de vida em 2020.
Esta circunstância irá certamente permitir ao governo português, em particular ao Ministério do Mar, abrir um amplo espaço de reflexão e análise sobre o “Mar Português” e proporcionar aos seus diferentes atores institucionais, económicos, sociais, lúdicos, da segurança, do saber e educação o contribuírem e proporem novos caminhos e horizontes para o desenvolvimento e enraizamento da política pública do mar.
Será certamente o momento adequado para diferenciarmos a estratégia do plano de ação para o mar, pois, em meu entender, um plano de ação não deve ser parte do documento de estratégia. Esta incorporação condiciona e limita a sua flexibilidade e atualização, que deverão ser permanentes.
Esta oportunidade será o momento adequado para refletirmos conjuntamente sobre a importância de incorporar na “Estratégia Nacional para o Mar” um compromisso mais amplo e vasto para a exploração e desenvolvimento sustentável do mar como fonte económica e essencial para o futuro de Portugal.
Traduzir também neste documento de estratégia a visão e as linhas programáticas para o mar, agregadoras, estruturantes e revitalizadoras, que procurem colocar Portugal em condições de responder a uma economia cada vez mais global, exigente e competitiva, será um contributo essencial para definirmos o rumo certo para o desenvolvimento do nosso futuro.
E apostar num documento de estratégia que seja capaz de iluminar o caminho que nos conduza a mais e novo conhecimento, a uma governança de eficácia e eficiência, a gerar empresas robustas, a um empreendedorismo renovado e ágil, a um emprego qualificado e especializado, a um mar mais sustentável, é certamente o percurso que todos queremos percorrer e partilhar.
Uma estratégia de longo prazo, de vasta amplitude e enorme abrangência que articule os esforços individuais e coletivos, capaz de potenciar os recursos existentes e emergentes, que impulsione e alicerce o desenvolvimento das atividades de I&D, económicas, culturais, ambientais e sociais associadas ao mar, é o que ambicionamos.
Portugal, com a renovação e implementação da nova “Estratégia Nacional para o Mar”, estará assim, mais uma vez, a assegurar um instrumento para criar as condições de prospetividade, criatividade e inovação que garantam um desenvolvimento articulado e estruturado da política pública do mar.
No entanto, continua a faltar um documento fundamental para a existência formal da política pública do mar, uma Lei de Bases, pois, na minha opinião, só através desta se fundamenta a “Estratégia Nacional para o Mar”, se criam os instrumentos à sua execução, se reformulam as instituições necessárias, se estrutura e identifica o espaço e o seu uso e são assegurados os meios e recursos necessários à materialização da política pública do “Mar Português”.

Texto no Ionline de Abílio Martins Ferreira

Cosco Shipping anuncia construção de 9 navios


A chinesa Cosco Shipping anunciou ter encomendado a construção de 9 navios multipurpose de 62 mil toneladas de porte bruto à empresa Cosco Shipping Heavy Industry, pertencente ao mesmo grupo, num investimento que ronda os 270 milhões de euros.
Cada navio irá custar cerca de 30 milhões e os primeiros irão ser entregues durante o primeiro semestre de 2020, já tendo a empresa anunciado que irão ser utilizados para o transporte de pasta de papel.
Há algumas semanas a empresa já havia anunciado que estava a negociar com vários estaleiros a construção de 20 navios graneleiros.

Fonte: SupplyChain

Navios de Cruzeiro vão usar peixe podre como combustível.


A Hurtigruten, a maior linha de cruzeiros de expedições do mundo, está a reformar os seus navios para torná-los menos poluentes e planeia usar um subproduto de peixe podre como combustível para as embarcações.

A empresa norueguesa Hurtigruten, conhecida pelos navios que transportam os turistas ao longo dos fiordes e da costa do país até o Ártico, vai  investir cerca de 725 milhões de euros, ao longo de três anos, para adaptar a frota. Seis dos seus navios mais antigos serão adaptados para funcionar com uma combinação de gás natural liquefeito, baterias eléctricas e biogás.
O biogás será proveniente de resíduos orgânicos, como peixes mortos, da agricultura e da silvicultura, segundo adiantou Daniel Skjeldam, presidente-executivo da Hurtigruten, em entrevista ao The Telegraph. A Hurtigruten, que é a maior operadora de cruzeiros de expedições do mundo para destinos como Antártida, Svalbard e Gronelândia, também encomendou três novos navios que funcionarão a electricidade, tendo um motor a diesel apenas como reserva.
O sector marítimo está a enfrentar regulamentações internacionais mais rígidas, incluindo cortes nas emissões de CO2 de pelo menos 50% até 2050 em comparação com os níveis de 2008.
A ideia principal seria reduzir as emissões de CO2 e tornar as embarcações mais amigas do ambiente. Skjeldam diz que o objectivo final é operar os navios completamente isentos de emissões.
Este ano, a linha de cruzeiros anunciou a proibição do uso de plástico em toda a sua frota de 17 navios.
No próximo ano, ocorre o lançamento do MS Roald Amundsen, o primeiro navio de cruzeiro com bateria híbrida do mundo. Com motores quase silenciosos, também evitará perturbar a vida selvagem. A Hurtigruten será, ainda, a primeira empresa a usar biogás como combustível para navios de cruzeiro.
Fonte: SAPO

Atum patudo e peixe-espada em risco de desaparecer por pesca excessiva.


A Associação de Ciências Marinhas e Cooperação (Sciaena) lamentou  que as autoridades internacionais continuem sem tomar medidas para travar a sobrepesca de espécies “muito importantes para as frotas portuguesas”, como o atum patudo e o peixe-espada preto.

Num comunicado emitido, a Sciaena critica os resultados de duas reuniões, concluídas na passada segunda-feira, para debater medidas de gestão para “duas pescarias icónicas e de grande importância económica para as frotas portuguesas”: o atum patudo e as espécies de profundidade, como o goraz e o peixe-espada preto.

Segundo a associação, na reunião anual da Comissão Internacional para a Conservação dos Tunídeos do Atlântico (CICTA - ICCAT em inglês), que decorreu em Dubrovnik, na Croácia, “os decisores foram incapazes de adoptar medidas de gestão sólidas, recomendadas pelos pareceres científicos”, o que para o atum patudo “pode significar o colapso do ‘stock’ nos próximos anos”, com “consequências desastrosas para a frota de salto e vara dos Açores e da Madeira”.

Sobrevivência de algumas das espécies em causa

Já no que se refere às espécies de profundidade, a Sciaena diz terem sido acordados no Conselho de Ministros de Pescas da União Europeia, em Bruxelas, “vários Totais Admissíveis de Capturas (TAC) acima do que era recomendado cientificamente, o que desrespeita a Política Comum das Pescas e confirma que não será cumprido o requisito legal de acabar com a sobrepesca até 2020, assumido pelo Conselho, juntamente com a Comissão e o Parlamento Europeu, em 2013”.
“Para além disso, fica em causa a sobrevivência de algumas das espécies mais vulneráveis do Atlântico Norte, bem como das comunidades piscatórias que delas dependem”, sustenta.
Relativamente à reunião do ICCAT em Dubrovnik, a associação lamenta que tenha sido “mais uma reunião pautada pela falta de tomada de decisões claras e em linha com os pareceres científicos”, considerando que a principal “desilusão" foi relativamente ao atum patudo, para o qual se mantiveram as medidas de gestão anteriormente estabelecidas, “ignorando todas as recomendações que exigiam a adopção de medidas claras para recuperar o ‘stock’, que se encontra em sobrepesca desde 2015”.
Já no caso do atum rabilho do Atlântico oriental, “apesar dos recentes casos de pesca e comercialização ilegal e de ainda não haver confirmação da recuperação total do ‘stock’”, a associação critica que o ICCAT tenha optado por “reduzir as medidas de controlo e monitorização e aliviar as restrições às pescarias”.

Países desrespeitam pareceres científicos

Relativamente à reunião em Bruxelas dos ministros das pescas da UE - destinada a definir os limites de pesca para 2019 e 2020 para peixes de profundidade “extremamente vulneráveis à sobrepesca”, como o goraz e o peixe-espada preto - a associação destaca ter sido “o último Conselho para definir TAC que acabem com a sobrepesca para as espécies de profundidade até 2020, conforme exigido legalmente pela Política Comum de Pescas”.
Contudo, diz, “infelizmente os ministros, com a conivência da Comissão Europeia, decidiram desrespeitar vários pareceres científicos para vários ‘stocks’ importantes para as frotas portuguesas, nomeadamente para os alfonsins e, tudo indica, para o peixe-espada preto”.
Numa análise ainda preliminar, acrescenta, “tudo indica que apenas para o goraz terão sido seguidos os pareceres científicos”.
Na opinião da Sciaena, os decisores portugueses envolvidos nas negociações “terão agora a oportunidade e a responsabilidade de explicar porque terão sido ignorados os pareceres científicos e a Política Comum das Pescas”.
Fonte: Sapo


sábado, 24 de novembro de 2018

Barbatanas para que vos quero


Está oficialmente aberta uma migração marítima global que está a provocar uma crise de refugiados subaquáticos. Sardinha, salmão, sardinela, lula e lagosta são alguns dos seres marinhos que diariamente dão à barbatana para sobreviverem. Impulsionada pelo aquecimento da água dos mares e oceanos, a vida marinha está em movimento numa perturbada luta pela sobrevivência.

Os peixes e outros seres marinhos estão a fugir dos seus habitats tradicionais para outros locais com temperaturas mais adequadas, mais prósperas e com condições para a reprodução, defende o Ocean Schock, um projecto de investigação da Reuters sobre o impacto das alterações climáticas nos oceanos. O total de seres envolvidos nesta diáspora maciça é de certeza muito mais elevado do que as 140 milhões de pessoas que se espera que tenham de migrar até 2050 devido às alterações climáticas.

Até então, a temperatura dos oceanos tem funcionado da seguinte forma: as correntes marinhas movimentam a água morna entre o Norte e o Sul, dos trópicos até latitudes mais frescas, enquanto a água fria é “bombeada” desde os pólos até aos climas mais quentes. Sem estas correntes a moderar a temperatura, a vida na Terra não seria possível. No entanto, o aumento da temperatura dos oceanos das últimas décadas provocou alterações nas correntes. Em parte, estas mudanças são invisíveis para nós que vivemos em solo terrestre, mas o mesmo não sentem os seres marinhos.

A população de sardinhas portuguesas está quase em colapso ao longo da costa atlântica desde a Galiza até ao Sul de Portugal. Os produtores de salmão da Noruega devem ter que se deslocar para as regiões árcticas. Desde 1995 que as comunidades de sardinela da Mauritânia já se deslocaram 320 quilómetros. Para evitar as águas quentes, as lulas do Japão estão a nadar para o Norte. Desde as décadas de 80 e 90 até agora que a captura de lagosta do estado do Maine nos Estados Unidos aumentou de 50 para 85%.

A degradação climática está a ser rápida e imprevisível. Certo é que assistimos, impávidos e serenos, a uma ruptura global das espécies marinhas que ameaça os nossos próprios meios de subsistência, as nossas culturas locais e o equilíbrio dos oceanos. Além de acções políticas e empresariais necessárias, também nós cidadãos devemos actuar. Podemos passar a ingerir mais algas produzidas de forma sustentável e ingerir menos peixe de grande porte, optando pelos peixes mais pequenos e mais abaixo na cadeia alimentar marinha.

É por estas e por outras que o World Wildlife Fund (WWF) alerta, no recente relatório Planeta Vivo 2018, que nós somos a primeira geração com uma visão clara do valor da natureza e do enorme impacto que temos sobre ela, mas que podemos também ser a última que pode agir para inverter esta tendência. Pomos mãos à obra?

Fonte: Público






Comissão europeia canaliza 300 milhões para limpeza de oceanos


No âmbito da 5.ª edição da conferência “O Nosso Oceano”, que decorreu entre a passada segunda e quarta-feira em Bali (Indonésia), o executivo comunitário assumiu 23 novos compromissos para melhorar o estado dos oceanos e revelou que vai canalizar 300 milhões de euros para projectos para combater a contaminação por plásticos, para melhorar a sustentabilidade da economia azul, assim como a investigação e a vigilância marítima. “O estado dos nossos oceanos exige que uma actuação decidida a nível global. Com os seus 23 novos compromissos, a União Europeia (UE) continua envolvida na luta por conseguir oceanos seguros, protegidos, limpos e geridos de forma sustentável. Nenhum país pode, por si próprio, ter sucesso nesta missão, que exige determinação, perseverança e colaboração dentro e fora da UE, e é com este propósito que hoje renovamos o nosso compromisso de proteger os nossos oceanos”, declarou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini. Entre outras medidas, Bruxelas vai dedicar 100 milhões de euros a projectos de investigação e desenvolvimento para combater a contaminação por plásticos e 82 milhões de euros à investigação marinha e marítima, nomeadamente para avaliar os ecossistemas, cartografar o fundo do mar e desenvolver sistemas de aquacultura inovadores. A nova iniciativa da Comissão Europeia inclui também um investimento de 18,4 milhões de euros para estimular a economia azul europeia a tornar-se mais sustentável. O sistema de emergência da União Europeia (UE) de navegação por satélite será reforçado com 12,9 milhões, destinados à segurança marítima e à investigação voltada para os serviços ambientais costeiros, uma verba à qual se somam os 27 milhões de euros dos fundos já direccionados para o Copernicus na conferência “O Nosso Oceano” de 2017. Com o seu sistema de monitorização marítima, o Copernicus tem desempenhado um papel muito importante nos compromissos da UE para reforçar a segurança marítima e a aplicação da legislação. A verba anunciada junta-se aos mais de 550 milhões de euros que a UE prometeu no ano passado, quando foi anfitriã da conferência em Malta.


Sea Life Porto: Pai Natal dos Oceanos traz surpresas do fundo do mar


Os programas em família são obrigatórios nos roteiros das férias de Natal. E, entre 1 e 23 de Dezembro, miúdos e graúdos podem assistir ao tradicional mergulho do Pai Natal nas profundezas dos oceanos no Sea Life Porto. Este ano, à magia natalícia juntam-se ainda coros infantis, uma surpresa que promete animar os visitantes ao longo do mês de Dezembro.
De partida da Lapónia, o Pai Natal prepara-se para mergulhar no oceano a caminho do Sea Life Porto. A longa viagem termina a 1 de Dezembro, dia em que estreia o primeiro mergulho do ano nas águas do aquário portuense. O momento pela qual todas as crianças anseiam acontece às 15h30 no único túnel subaquático do país e repete-se ao longo de todos os fins-de-semana (sábados e domingos), à mesma hora, até ao Natal.
Além do mergulho do Pai Natal dos Oceanos, o Natal Azul conta também com a presença de coros infantis que vão contagiar a Baía das Raias de magia natalícia. No dia 2 de Dezembro (domingo), às 16h30, o coro Lira dá o mote para um concerto imperdível. Já no dia 8 (sábado), também pelas 16h30, é a vez das Clavezinhas de Sol levarem a música de Natal ao espaço portuense. Para fechar a programação musical, no dia 15 de Dezembro (sábado), as vozes do coral juvenil Arco-íris vão encher o SEA LIFE Porto do espírito de Natal. O espectáculo inicia às 16h30.
O programa de Natal não exige inscrição prévia ou custos adicionais. A entrada está sujeita à compra do bilhete no SEA LIFE Porto.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Cachalote morre com 6 quilos de plásticos no estômago


O cetáceo de 9,5 metros foi encontrado junto à ilha de Kapota, parte do Parque Nacional de Wakatobi, a sudeste de Celebes, na Indónesia.

 cachalote encontrado morto na Indonésia tinha quase seis quilos de resíduos plásticos, incluindo 115 copos no estômago, comunicaram as autoridades do Parque Nacional de Wakatobi.

A causa da morte é desconhecida, mas os funcionários do parque encontraram quatro garrafas de plástico, 25 sacos de plástico, sandálias e um saco com mais de mil pedaços de corda no estômago da baleia.

O Parque de Wakatobi é famoso entre os mergulhadores devido à grande área de recifes e de vida marinha diversificada, incluindo baleias. No entanto, a poluição que afeta os oceanos está a pôr em causa este santuário.

Cinco nações asiáticas (China, Indonésia, Filipinas, Vietname e Tailândia) são responsáveis por 60% dos resíduos plásticos que poluem os oceanos, revelou um relatório de 2015 da organização ambientalista Ocean Conservancy e do McKinsey Center for Business and Environment.

A Indonésia, segunda maior poluidora a seguir à China, prometeu investir mil milhões de dólares por ano para reduzir em 70% os detritos de plástico nos mares até 2025.

Em junho, morreu uma baleia-piloto na Tailândia, com 80 pedaços de lixo de plástico no estômago.
Segundo a ONU, os oceanos recebem oito milhões de toneladas de plástico por ano. Se nada for feito para acabar com o problema, em 2050 existirá mais plástico do que peixes.



Portugal pode ter papel de liderança no projecto de oceanos da ONU


O director da plataforma “Sustainable Oceans Business”, do projecto internacional Global Compact das Nações Unidas, Erik Gierckshy, afirmou ontem que os projectos desenvolvidos em Portugal podem levar o país a assumir “um papel de liderança na exploração dos oceanos”.
“Portugal é um dos países mais fortes a nível marítimo da Europa, e, apesar da exploração dos oceanos ter-se iniciado há muito pouco tempo, em Portugal já estão a ser desenvolvidos inúmeros projectos. Isto é um óptimo começo para Portugal realmente assumir um papel de liderança na exploração e desenvolvimento dos oceanos”, frisou Erik Gierckshy, à margem de uma visita ao CEiiA -- Centro de Engenharia e Desenvolvimento, que decorreu ontem em Matosinhos, no Porto.
Em entrevista à Lusa, o director da “Sustainable Oceans Business Platform” afirmou que Portugal tem “demonstrado ter capacidade para estar na frente”, tendo em conta a tecnologia desenvolvida pelos centros de investigação e pelas universidades juntamente com a indústria que opera no oceano.
“O oceano é livre para todos os que têm padrões elevados, que demonstram grande impacto e desenvolvem grandes soluções tecnológicas e Portugal realmente mostrou capacidade para estar na frente”, salientou.
O “Sustainable Oceans Business Platform” é uma plataforma desenvolvida no âmbito do projecto internacional Global Compact da Organização das Nações Unidas, que visa definir princípios orientadores e desenvolver tecnologias e novos modelos de negócio em torno dos oceanos.
Desta plataforma, que se iniciou em Junho e termina em 2020, fazem parte 50 entidades privadas, sendo que o CEiiA é o único centro de desenvolvimento tecnológico que representa Portugal.
“É fundamental termos parceiros que são capazes de atravessar diferentes sectores como o transporte, a exploração submarina e até o espaço, como é o CEiia. O contributo deste centro pode ser muito valioso para a nossa plataforma, quer no desenvolvimento de soluções de mobilidade, mas também na sustentabilidade do oceano”, esclareceu.
Erik Gierckshy vai reunir-se, durante os próximos dias, com alguns membros do governo português de modo a “coordenar e delinear o trabalho a ser desenvolvido relativamente às indústrias que operam no oceano, e às oportunidades que dele podem surgir”.
Segundo o director da “Sustainable Oceans Business Platform”, os próximos passos do projecto estão relacionados com “três pilares essenciais”: a revisão da regulamentação dos oceanos, o mapeamento das oportunidades dos oceanos e a criação de princípios de sustentabilidade de negócio.
“O oceano pode ser uma aposta na resolução de vários problemas, visto que é o nosso ‘ar condicionado’, porque 50% do oxigénio é lá reproduzido. Por isso, é importante usarmos as indústrias e o sector empresarial para alterarmos mecanismos e procurarmos as perspectivas do mercado”, acrescentou.

Nas Seychelles, peixe gigante que caça pássaros é atracção

O arquipélago de Seychelles, no oceano Indico, formado por 115 ilhas, faz das paisagens um elogio à natureza. Mas em determinado momento algumas delas, no litoral, podem transformar-se num verdadeiro cenário de Halloween.



Imagine uma cena bucólica, entre tantas, nas Seychelles: sob um céu sem nuvens onde corre uma brisa quente, porém agradável, mar calmo e cristalino no qual sobressaem várias tonalidades de verde e é ponto de encontro para um grupo degaivotas. De repente surge na superfície a bocarra de um peixe que salta quase dois metros e pega em pleno voo um desses pássaros. Fake News ou Facto?

Se não fosse a BBC, pelo seu programa “Blue Planet II”, convencer-se que não era boato o que os pescadores das ilhas relatavam há tempos, e conseguir filmar pela primeira vez  esses peixes gigantes literalmente saltando da água para engolir as aves marinhas enquanto elas voam pela superfície do oceano, isso continuaria ser fake news. Trata-se do xaréu gigante (Caranx ignobilis) peixe que tem mais de um metro de comprimento e pesa ao redor de 50 kg.




Com toda essa realidade, acaba-se acreditando nas palavras de um fotógrafo da BBC: apenas espere alguns milhões de anos até que estes "sacanas" ….. evoluam e comecem a roubar aviões do ar.

Seychelles é uma espécie de parque temático para aqueles que tem interesse em natureza no seu estado mais prístino, principalmente para mergulhadores e aventureiros que estão atrás da diversidade e riqueza cultural, paisagens marítimas impactantes, gastronomia rica e variada e muitas histórias para contar, algumas delas com características de fake news.

Qual a diferença entre Mar e Oceano?


Um oceano é uma vasta e contínua estrutura de água salgada que abriga quase 70% da superfície total da Terra, enquanto um mar é um grande corpo de água salgada que ocupa uma parte maior da superfície da terra, mas é menor que um oceano.
A diferença entre os dois corpos de água é resumida em termos de profundidade, área e vida marinha.

Profundidade

Como dito anteriormente, os oceanos são grandes corpos de água, e existem cinco oceanos diferentes. O Oceano Pacífico é o maior, com uma profundidade de cerca de 10.924 metros, e o Oceano Ártico é o menor com uma profundidade de 5.625 metros.
Os cinco oceanos se juntam para formar um grande corpo de água salgada comumente conhecido como oceano mundial, que tem uma profundidade média de 3.688 metros.
Por outro lado, existem diferentes tipos de mares, sendo os mais comuns o Mar Mediterrâneo, o Mar Báltico, o Mar do Norte, o Mar de Bering e os Mares Vermelho e Amarelo.
Os principais mares são o Mar do Caribe, o Mar do Sul da China e o Mar Mediterrâneo. O Mar do Caribe é o mar mais profundo com uma profundidade aproximada de 6.946 metros.

Área

Os oceanos são os corpos de água mais proeminentes no planeta Terra, com uma área total média de 361.900.000 quilômetros quadrados. O maior oceano é o Oceano Pacífico, que cobre uma área de 60.060.700 milhas quadradas, enquanto o menor oceano (Oceano Ártico) cobre uma área de 5.227.000 milhas quadradas.
Por outro lado, o maior mar, que é o Mar Mediterrâneo, tem uma área de 1.144.800 milhas quadradas, uma área menor que a do menor oceano. Assim, essa variação na área indica que os mares são menores que os oceanos.

Vida marinha

As plantas e animais que existem nas águas salgadas (oceanos e mares) são os que compõem a vida marinha. A distância da costa do oceano ou do mar e suas profundezas impactam intensamente a quantidade e na biodiversidade de plantas aquáticas e criaturas marinhas que existem lá.
Uma vez que os mares estão permanentemente ao redor da terra, a existência de vida aquática é abundante, mas este não é o caso dos oceanos. Os oceanos são mais profundos que os mares e mais distantes da terra, reduzindo assim a vida aquática neles.
As formas de vida básicas que existem nos oceanos incluem plânctons microscópicos, bactérias e camarões. Os mares suportam uma grande parte da vida marinha, uma vez que a luz solar penetra profundamente, permitindo a realização da fotossíntese.
Os oceanos raramente suportam a vida marinha, uma vez que são mais profundos do que os mares e, assim, a luz solar não penetra o suficiente na superfície para permitir a realização da fotossíntese.

Principal Diferença

Em conclusão, a principal diferença entre os oceanos e mares é que os oceanos são corpos de água salgada massiva que existem na superfície da Terra, enquanto os mares são vastas águas salgadas que estão conectadas ou não conectadas ao oceano.
Os termos oceanos e mares são frequentemente usados ​​de forma intercambiável, já que quase significam a mesma coisa. É, portanto, necessário notar essas diferenças ao falar sobre mares e oceanos.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Raquel Gaião Silva: 23 anos e o oceano nas mãos

Mestre em Biodiversidade e Conservação Marinha, foi a primeira portuguesa a ganhar o prémio Jovens Investigadores do Global Biodiversity Information Facility. As algas foram o passaporte para o reconhecimento.


Raquel Gaião Silva foi a primeira portuguesa a vencer o prémio Jovens Investigadores atribuído pela Global Biodiversity Information Facility (GBIF). A jovem, de 23 anos, natural de Viana do Castelo, licenciou-se em Biologia na Faculdade de Ciências do Porto e acabou, recentemente, o mestrado internacional em Biodiversidade e Conservação Marinha na Universidade do Algarve e na Irlanda.
O interesse por essa área foi gradual. “Sempre foi difícil saber o que queria ser quando fosse grande”, revela Raquel, que desde pequena se interessava por diversas áreas. Da música à natureza, mas, mesmo tendo formação musical entre os seis e os 18 anos, foi para a segunda que acabou por pesar a balança.
O objetivo do projeto vencedor passava por “perceber como é que a temperatura da água alterava a distribuição das macroalgas na costa da Península Ibérica”. Para isso, recolheu diversa informação: as ocorrências ao longo do tempo (nas últimas oito décadas), a fisiologia da espécie e a temperatura. Fez diversas pesquisas, incluindo no GBIF, uma plataforma destinada a fornecer dados sobre todos os tipos de vida na Terra. Consultou e fotografou em vários herbários e consolidou tudo num mapa.
A primeira fase estava alcançada. E a verdade é que a abraçou com sucesso, pois foi escolhida como representante portuguesa no concurso mundial. Mas o melhor ainda estava para chegar, quando, no final de setembro, por e-mail, soube que havia conquistado o galardão internacional: “Li e reli o e-mail várias vezes. Fiquei mesmo muito contente”.
Antes de ter recebido o prémio, já estava a trabalhar na Bluebio Alliance. E por lá continua, onde desempenha “funções de comunicação, divulgação e gestão de eventos relacionados com a valorização sustentável dos biorrecursos marinhos”. Uma atividade que lhe permite conhecer o que Portugal está a desenvolver na área da biotecnologia e as soluções que estão a surgir e que tornam os produtos inovadores.
“Tenho participado em debates sobre, por exemplo, bioplásticos, sobre o potencial do cultivo de algas marinhas para imensos fins e de tecnologias que facilitam a transparência nos produtos que compramos”, realça.
O contacto de Raquel Gaião Silva com a sua realidade profissional é levado à letra. A bióloga tem no mergulho um dos passatempos preferidos, aproveitando esses momentos para conhecer “in loco” um mundo que a fez ser reconhecida internacionalmente.
E é na qualidade de investigadora que deixa um importante alerta. “Um mergulhador aprende a mergulhar, mas não aprende a ter cuidado com o ambiente quando o faz.” Palavra de especialista.
Foto: António Pedro Santos/Global Imagens

sábado, 17 de novembro de 2018

Navio da Marinha NRP Sines visita a cidade que lhe deu nome.


O mais recente navio-patrulha oceânico da Marinha, o NRP Sines, vai estar no porto de serviços do Porto de Sines, disponível para visitas, durante as comemorações dos 656 anos do município.
No dia 23 de novembro, sexta-feira, poderá ser visitado pelas escolas, no período 10h00-12h00.
Nos dias 24 e 25 de novembro, sábado e domingo, estará aberto à população em geral, no período 10h00-17h00.
O NRP Sines foi baptizado, no dia 20 de julho, nos estaleiros da West Sea, em Viana do Castelo. É o terceiro navio da classe "Viana do Castelo", todos construídos em Portugal.
Concebido como navio não combatente, o NRP Sines destina-se prioritariamente a exercer funções de autoridade do Estado. Está vocacionado para actuar na zona económica exclusiva nacional, desenvolvendo tarefas de busca e salvamento marítimo, fiscalização da pesca, controlo dos esquemas de separação de tráfego, prevenção e combate à poluição marinha, prevenção e combate a actividades ilegais como o narcotráfico, imigração ilegal, tráfico de armas e outros ilícitos.
O NRP Sines tem 83,1m de comprimento e desloca-se a uma velocidade máxima de 21 nós. A sua guarnição, de 44 elementos, é comandada pela capitão-tenente Mónica Martins.
A atribuição do nome de Sines foi um reconhecimento desta cidade como importante localidade costeira de Portugal.
A presença em Sines para visitas pelas escolas e pelo público é uma iniciativa conjunta da Marinha Portuguesa, APORVELA, Câmara Municipal de Sines e APS.
Foto (c) Marinha.pt

Crianças do Caniçal fazem Declaração de Amor ao Mar

Alunos, professores e funcionários da escola do 1.º ciclo com pré-escolar e creche do Caniçal assinalaram o Dia Nacional do Mar com o lançamento de um livro, um momento que contou com a presença de dois secretários regionais.
Susana Prada, responsável pela tutela do Ambiente do Governo Regional da Madeira, enalteceu a forma carinhosa como o mar é tratado no livro intitulado 'Amar o Mar'.
A governante lamentou que nem toda a gente tenha a mesma sensibilidade dos jovens do Caniçal razão pela qual todos os anos chegam ao mar "8 milhões de toneladas de plástico".
Segundo lhes disse a governante, a poluição dos oceanos é um problema grave e levou o Governo Regional a implementar a Estratégia MARAM que muito tem contribuído para a adopção de boas práticas no sentido de evitar a poluição das zonas costeiras.
O secretário regional da Educação, também presente, disse que cabe à actual geração alertar para a necessidade de preservar e caberá às novas gerações a responsabilidade de efectivarem essa preservação. À escola, cabe, disse Jorge Carvalho, criar um ambiente propício à mudança de atitudes.

Fonte: JM

Na crista da onda: surf levou milhares à Nazaré



O Nazare Challenge 2018/2019 atraiu ontem, milhares de pessoas à Praia do Norte, na Nazaré, onde assistiram à prova de ondas gigantes do circuito mundial de surf.
"Devem ter passado por aqui, à vontade, 15 mil ou 20 mil pessoas, ainda não temos os números oficiais, mas dá para ter uma ideia", adiantou à agência Lusa Francisco Spínola, diretor geral da World Surf League (WSL) Portugal, a organizadora do campeonato.
Ainda o sol não tinha nascido e já se sentia o corrupio de gente, mais novos ou mais velhos, famílias inteiras, e muitos até acompanhados pelos seus cães, todos seguiam na direcção para os penhascos que rodeiam a Praia do Norte, que ficou conhecida mundialmente por ter as maiores ondas de todo o planeta.
"É uma sensação muito boa estar na Nazaré. Está um dia tão bonito, que tenho até vontade me jogar na água", disse à Lusa a 'carioca' Luciana, que estava acompanhada por uma amiga, também brasileira. "Nasci no Rio de Janeiro, mas moro na Póvoa de Varzim, e estou a adorar. A praia é muito bonita e almoçámos um arroz de marisco excelente", revelou, entre sorrisos.
Já Artur e Anastasia, casal da Rússia com cerca de 30 anos, admitiram que não sabiam que era hoje que se realizava na Nazaré a etapa do circuito de ondas gigantes da World Surf League, mas aproveitaram o passeio e não quiseram perder pitada.
"Viemos conhecer a Nazaré, mas não viemos de propósito para a prova. Foi uma coincidência muito fixe e estamos a adorar o ambiente", realçou Artur. Já Anastasia apontou para a "beleza" da vila piscatória da Nazaré, revelando que já estiveram em Lisboa e que também se renderam aos encantos da capital portuguesa.
Por seu turno, Patrick Shaughnisse, surfista californiano que se atira a ondas grandes, admitiu à Lusa que passou todo o dia a acompanhar o campeonato, mas que estava desejoso que terminasse para que ele próprio pudesse experimentar as 'bombas' da Nazaré.
E foi apanhado precisamente quando saiu da água, com a prancha debaixo do braço. "Vivo em Santa Cruz [Califórnia, Estados Unidos] e vim passar uma semana de férias à Nazaré para surfar ondas grandes. Estão altos tubos e está a valer a pena", afirmou, deixando elogios ao desempenho dos 'big riders' (surfistas de ondas gigantes) que estiveram em competição.
"Foi muito louco. Aproveitei para aprender com eles", rematou.
Claro que no meio desta autêntica multidão que se deslocou à Nazaré havia também muitos portugueses. Um deles, José Dias, 76 anos, contou à Lusa a sua experiência nesse dia que vai ficar na memória de todos os que estiveram na Praia do Norte.
"Sou um curioso. Moro em Alcobaça e, como sabia que ia haver campeonato na Nazaré, quis ver espreitar. Está um dia bom e digo-lhe, nunca vi isto assim, com tanta gente e tantos turistas como agora", lançou.
E acrescentou: "O americano [Garrett McNamara] que deu alma a isto merecia uma estátua em ouro no meio da vila. Antes, ninguém vinha para cá e agora a Nazaré é conhecida no mundo inteiro. Isto é excelente."
De resto, segundo Francisco Spínola, as ondas do canhão da Nazaré, "algumas com mais de 15 metros", não atraíram apenas os visitantes que se conseguiram deslocar a um dia de semana para assistir ao vivo ao campeonato na Praia do Norte.
"Tenho indicação da WSL que hoje o fluxo de tráfico no nosso 'site' foi um dos maiores do ano. Em termos de comparação, posso dizer que o campeonato de Peniche [do 'Championship Tour' (CT)] contou com 65 milhões de 'pageviews'", indicou o responsável, destacando que o evento de hoje foi um dos "mais desafiantes para organização", mas que pode ser considerado como um "verdadeiro sucesso".
E para o ano há mais.
Fonte: JN

“Turismo náutico tem um enorme potencial e está a crescer”


O Turismo Centro de Portugal (TCP) destacou a importância para a região da certificação entregue a seis estações náuticas localizadas no seu território.
As candidaturas vencedoras foram divulgadas no Porto, durante as comemorações do Dia Nacional do Mar.
Aveiro, Castelo de Bode – Médio Tejo, Ílhavo, Murtosa, Oeste (vários núcleos) e Vagos integram a rede nacional e internacional de oferta turística náutica de qualidade.
O mercado do turismo náutico tem “um enorme potencial e está a crescer na Europa na ordem dos 10 por cento ao ano”, sublinha, em nota de imprensa, Pedro Machado, presidente do TCP.
É também visto como “um produto particularmente interessante” porque despesa diária deste segmento de turistas “é elevado, mas também “permite combater a sazonalidade e está associado a uma imagem de referência e qualidade.”
“Não surpreende que em toda a Europa seja tão evidente a aposta em estruturas ligadas ao turismo náutico. Esta rede nacional de Estações Náuticas, das quais quase metade são no Centro de Portugal, é um investimento ganho à partida”, acrescenta”, referiu Pedro Machado.
A certificação Estação Náutica de Portugal foi entregue durante o Business2Sea/Fórum do Mar, a fechar o encontro de três dias que decorreu no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.
As estações náuticas são organizadas com base na valorização dos recursos náuticos presentes em cada território, que incluem a oferta de alojamento, restauração, actividades náuticas e outras actividades e serviços relevantes para a atracção de visitantes. Ao estarem certificadas pela Federação Europeia, asseguram aos visitantes a qualidade do produto turístico e dos serviços prestados, bem como apoio informativo e a reserva de alojamento e serviços.

Titanic II chega aos mares em 2022. E vai fazer viagem original

Viagem inaugural da réplica do HMS Titanic está planeada para 2022. Barco irá fazer a mesma rota, 110 anos depois da tragédia que resultou em 1.500 mortes.


Já passaram mais de 100 anos mas a memória do RMS Titanic nunca se desvaneceu. A viagem trágica foi transformada em filme, um dos mais rentáveis de sempre, e agora vai ser replicada ao detalhe. Sim, leu bem. Vai dar-se início à construção do Titanic II, cuja viagem inaugural está marcada para 2022.

A empresa a cargo da construção, a australiana Blue Star Line, conseguiu finalmente autorização para continuar um projecto que queria iniciar já em 2012, mas que foi interrompido por causa de problemas financeiros.
O navio terá os mesmo detalhes de luxo do original, desde as salas de jantar de primeira classe até à famosa escadaria central, mas serão incluídas comodidades mais modernas. Está a ser construído na China e terá um custo total de 500 milhões de dólares.
A viagem inaugural irá fazer-se de Southhampton, em Inglaterra, com destino a Nova Iorque, a mesma rota que o navio original ia fazer, em 1912, antes de ter batido contra um icebergue e se ter afundado no Atlântico, causando a morte a 1.500 pessoas. A viagem terá a duração de duas semanas, planeando levar 2.400 passageiros e 900 tripulantes a bordo, conforme indica o MSN.



Peixe parecido com as piranhas ameaçou os mares do Jurássico


Uma nova espécie de peixe, semelhante a uma piranha, e que viveu há 150 milhões, no período Jurássico, é descrita na última edição da revista científica Current Biology. O peixe ósseo – portanto, que não é cartilaginoso – chamado Piranhamesodon pinnatomus tinha dentes como uma piranha, pelo que os cientistas referem que a espécie os utilizava como hoje fazem as piranhas: para arrancar pedaços de carne de outros peixes. É quase como se estivéssemos a assistir a um filme de terror nos mares do Jurássico.

O Piranhamesodon pinnatomus tinha cerca de nove centímetros de comprimento e vivia em recifes de coral em águas superficiais e tropicais na actual Baviera, na Alemanha. Alimentavam-se de pedaços de outros peixes.
Essa ideia surgiu, refere o artigo científico, porque os investigadores encontraram as vítimas dessas “piranhas”: peixes que terão sido mordidos. Estas vítimas foram encontradas nos mesmos depósitos de calcário do Sul da Alemanha, na pedreira de Etting, na região de Solnhofen (Baviera) do que o Piranhamesodon pinnatomus. Esta é a mesma pedreira onde já foi encontrado o Archaeopteryx. 

  “Temos outros peixes do mesmo local com pedaços de barbatana em falta”, disse David Bellwood, da Universidade James Cook (Austrália) e um dos autores do artigo, num comunicado do grupo Cell Press, que edita a Current Biology.

O investigador considerou que há um “paralelismo incrível” entre esse peixe e as actuais piranhas, que se alimentam predominantemente de barbatanas de outros peixes e não de carne. “É uma decisão extremamente inteligente, pois as barbatanas voltam a crescer, são um recurso renovável. Alimente-se de um peixe e ele está morto, morda-lhe as barbatanas e tem comida para o futuro”, referiu ainda David Bellwood.

Ao estudarem cuidadosamente as mandíbulas bem preservadas da espécie fossilizada, esta revelou ter dentes longos e pontiagudos na zona da frente do maxilar superior e inferior. Além disso, no maxilar inferior tinha dentes triangulares em forma de serrilha nas extremidades. O padrão e a forma dos dentes, a morfologia dos maxilares e a sua mecânica sugerem assim que o Piranhamesodon pinnatomus tinha uma boca equipada para cortar carne ou barbatanas, segundo a equipa de cientistas.  

“Ficámos impressionados que estes peixes tivessem dentes semelhantes a piranhas”, disse Martina Kolbl-Ebert, também autora do trabalho e do Museu do Jura (na cidade de Eichstatt, na Baviera), onde estão expostos os fósseis da pedreira de Etting. A responsável acrescentou que o peixe em questão provém de um grupo de peixes, os picnodontídeos, conhecidos por terem dentes fortes.

 “É como encontrar uma ovelha que rosna como um lobo. Mas o que é mais impressionante é que era do período Jurássico. Peixes como nós os conhecemos, peixes ósseos, simplesmente não mordiam a carne de outros peixes nessa altura”, assinalou Martina Kolbl-Ebert, explicando que ao longo do tempo houve peixes que se alimentaram de outros peixes, que os engoliam inteiros, mas que morder as barbatanas só aconteceu muito mais recentemente.

Os cientistas destacam ainda que este é o peixe ósseo mais antigo encontrado até agora. “A nova descoberta representa o registo mais antigo de um peixe ósseo que mordia os outros peixes, e mais do que isso fazia-o no mar”, considerou por sua vez David Bellwood, lembrando que as piranhas de hoje vivem apenas em água doce. Embora tenha parecenças com as piranhas, não conhecemos antepassados do Piranhamesodon pinnatomus. Afinal, a piranha (a autêntica) mais antiga que conhecemos viveu há cerca de 15 milhões de anos.

Fonte: Público



Portos com um mês de Janeiro "pujante" e positivo.

A AMT - Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, no seu relatório, indica que os portos nacionais iniciaram 2024 de forma positiva, tendo...