Biólogo, professor e ilustrador científico, Pedro Salgado sempre viveu perto do mar e sente-se em casa rodeado de peixes e vida marinha. Aos 56 anos, faz questão de partilhar um olhar estético que não esquece a vertente ética.
Que importância tem o mar na sua vida?
O mar esteve bem presente em toda a minha vida. Desde criança, o mar tem sido o meu terreno privilegiado de contemplação, curiosidade e fascínio, onde desenvolvi as minhas actividades de pesca, mergulho, desporto, estudos universitários, vida profissional... e até familiar: os meus filhos mergulham comigo desde pequenos. Vivo e sempre vivi perto do mar, que visito durante todo o ano. As minhas viagens são quase sempre perto do mar, e não dispenso o acesso regular ao mundo submarino.
O que acha mais importante partilhar com as pessoas sobre o oceano no teu trabalho?
Pela minha parte, talvez um olhar estético que nos remeta para a beleza do mar, suas harmonias e diversidade de formas fantásticas, um vasto mundo vivo com inúmeros padrões, cores, texturas. Esperar que as imagens possam contribuir de alguma forma para uma sensibilização das pessoas para o ambiente e o mar em particular, talvez até uma contribuição do estético para o ético. Talvez transmitir o respeito pelo mar, na sua riqueza em diversos níveis, e o respeito pela vida marinha, e também por nós próprios, que em primeira análise dependemos da saúde do mar.
Portugal tem aproveitado da melhor forma a localização geográfica que tem?
Penso que Portugal tem aproveitado de alguma forma a sua localização geográfica, mas duvido que seja o suficiente. Acredito que se pode pensar e fazer mais e melhor. Genericamente, penso que, com tanto mar que temos e tanto potencial, será de incentivar, cada vez mais, tudo o que se puder fazer para o cuidar, valorizar, intervir de forma positiva, de forma sustentável. Temos de pensar que mar vamos deixar para as próximas gerações.
Fonte: SIC Notícias
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