terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Pescas: Mais carapau e pescada, menos bacalhau e tamboril




Para 2016 os pescadores poderão pescar mais 11,4% de pescado do que durante este ano. Foi a estreia de Ana Paula Vitorino na Europa e a ministra diz-se satisfeita com o resultado. Portugal pesca mais, mas perde quota em várias espécies.
Os pescadores portugueses poderão capturar em 2016, em águas nacionais, um total de 63.524 mil toneladas de pescado, mais 11,4% de pescado do que durante este ano. Assim ficou decidido na noite desta terça-feira, 15 de Dezembro, no Conselho de Ministros das Pescas da União Europeia, onde a nova ministra do Mar, Ana Paula Vitorino (na foto), se estreou numa longa maratona negocial de 40 horas, que começou na segunda-feira de manhã e terminou pelas 02:00 de hoje.

Citada pela TSF, Ana Paula Vitorino afirma que ficou garantido "que a nossa quota é muito superior àquilo que foram as capturas realizadas em Portugal".

O carapau será o peixe que mais poderá ser capturado, tendo sido autorizada a pesca de 50.839 toneladas, que comparam com as 57.016 toneladas de capturas permitidas em 2015 (mais 15%). Segue-se o biqueirão (5.542 toneladas, mais 10%) e a pescada (3.097 toneladas). A quota de lagostim, um marisco com elevado valor comercial, sobe 26%, acima dos 20% inicialmente propostos pela Comissão Europeia, e a de raias mantém-se, quando inicialmente estava previsto um corte de 10%.

Já no que toca ao bacalhau, está proposto um corte de 14% nas águas da Noruega, para as 2.365 toneladas, que deverá ser compensado com a cedência de uma reserva de 25.000 toneladas da quota global de verdinho. No Canadá, nos mares geridos pela Organização de Pescas do Atlântico Noroeste (NAFO), a quota sobe 1%, para 2.497 toneladas.

A pescada é o 'stock' que mais desce, com um corte de 25% (inicialmente estava proposto um de 61%), havendo ainda uma baixa de 1% nas capturas de areeiro em águas portuguesas. Também no caso do tamboril haverá um corte de 14% e que inicialmente seria de 19%, mas foi reduzido durante as negociações.

A sarda, cujas unidades populacionais também são geridas no âmbito de acordos com países terceiros, sofre um corte de 15%, para as 6.971 toneladas.

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